terça-feira, 11 de outubro de 2011

Viagem geométrica

quarta-feira, 25 de maio de 2011

It's working in your blood.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Os (meus) delírios da parte superficial.

Tente entender: desejo que entre pela cabeça enquanto ainda estiver em queda livre. Aquilo de que tanto falam e torna os ossos, a parte desmanchável. Dê piruetas sobre os lábios que não se tocam. Um dia, uniforme. No outro, alterado. Insistente para sair das costelas, trocar o arrefecimento pela moradia. Como os passarinhos, que de um lado o fazem por instinto, mas que depois passam a amar o azul daquilo tão longínquo (que não me seja proibido). E no fim, que haja recompensa. Para que a parte de mim, que prefere a liberdade, não continue ''ainda sem nenhuma''. Para que as reclamações sirvam de alforria áquilo de que eu tanto falava. Que faça sentido. O ar nos torna finitos. Finitos. E cedo ou mais tarde, a rosa com que o autor foi enterrado (por sua preferência) encontre algum jeito de prevalecer, assim, com seus últimos suspiros e suas últimas recomendações. E estas me sirvam para todo mal.


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Desta, escrevo para entender.

Peço que se um dia eu me esquecer de pegar minhas chaves da porta, por favor, não me chame de idoso. Entristeço quando não me acham válido. Inválido. Lírio-esquálido.
Prefiro as tardes em que o sol meio que se perde. Mas não chove. São 17h47 e o jornal não está tão perto de começar. ''Mas eu não gosto de televisão. Gosto?''
Ah, se eu acordasse. Convivo com minhas flores de cactus que só florescem uma vez no ano. Que são aguardadas como um falecido é aguardado do outro lado. Melhor. Lá. Vê como esqueço rápido. Esqueço pra não lembrar de enrolar um fio de barbante em cada parte do meu corpo e apreciar a sereia postada. Não, a sereia não, mas um chafariz de uma casa com jardins que são maiores que jardins secretos. E meu bem, se você quiser vir, que venha em pleno janeiro. Que fique até fevereiro, para a vizinhança que não descansa os olhos, testemunhar. E ver que não sou só lamúrias. Só um pedaço que a vida não levou. Que sou algo mais. Algo a mais. Algo, que te deixa preocupada durante as manhãs, porque se importa, mas que não volta. E se você voltasse, Mariazinha, como seriam as minhas noites? Me prepararias a janta e me porias pra dormir? No fundo estou uma criança perdida. Sou eu mesmo essa criança. Sou seus ossos e músculos, neurônios e angústias. Perambulo pela cidade sozinho também. Escrevo nos postes e muros frases de ódio. E ainda espero pelo dia em que eu seja perdoado, esquecido e apagado. Porque quando acaba, não há mais linhas desalinhadas. Não há nada.

E desculpas pela ausência.