segunda-feira, 31 de maio de 2010

Near Future

''Nos momentos de surdeza nervosa, não consigo contar até 10 como me aconselharam. As coisas ficam meio doidas assim, meu sangue ferve e meu coração dança. E quando não estou assim, penso no vazio e no arrependimento que as vezes vem (e demora pra voltar ao lugar aonde eu os guardava). Não consigo domestica-los. Não são domesticáveis. E dói. Porque não é uma dor racional. Falo também sobre a inconstância do meu ser, da minha vida de borboleta, da metamorfose tardia, da maneira como as pessoas reagem ao meu bipolarismo. Queria saber mudar por mim mesma, por dentro. Não queria apenas um corte novo de cabelo. E muito menos ser obrigada a mudar por necessidade, mas sim por tentar ser uma pessoa melhor. As vezes queria ser uma boa filha e mudar certos hábitos. Mas não era o que eu queria ser desde pequena? Suja, puramente suja. Mas então, aí que está o paradoxo.''

Meu ''eu'' borboleta, Paradoxo (Beatrizando), 15 de Janeiro de 2010.

sábado, 29 de maio de 2010

Neutro neutro neutro neutro. Sou neutra. É a minha nova filosofia.

twisted and deranged

Novo nome, velhas manias. Cada vez ficava mais afastada da realidade de ser. E de não ser. Não fui. Afinal, ninguém a visitou como prometido e tudo ficava mais obvio. ''Eu deveria saber.'' Pensou assim, indo a qualquer lugar longe da situação. Porque você sabe que sempre tem alguma situação a ser fugida. A dessa vez não era tão diferente quanto qualquer outra. Conversas aleatórias e não tão mais adequadas que as de antes. Você sabe que as vezes eu simplesmente não me encaixo, repetia pro vento. Você sabe que as vezes eu simplesmente quero fugir ou gritar. As vezes eu assusto. Ou não só as vezes. Enfim, achou uma grama. Quase gritou, mas não queria chamar a atenção. Não. Não dessa vez. Estava tarde, pensou quando deitou e ergueu os olhos à noite. Às estrelas. Sentia aquele frio nos dedos. Frios de estar fazendo algo errado de novo. Achava que já estava imune a essa sensação. Sorriu e se espreguiçou. Pegou aquela carteira de cigarros que tinha achado numa mesa de estranhos. Com estranhos de novo. Sorriu. Mais uma vez perdida. Disse assim meio baixo pra quem quisesse ouvir. E então acendeu para si um cigarro. A fumaça entrou e saiu assim sem despedidas. Assim sem saudades mesmo. Se sentiu com frio e então percebeu que a grama estava meio molhada.
As vozes iam sumindo. O tumulto de uma noite agitada estava sendo substituída pelo nada. Assim mesmo. Nada. Porque não tinha nada a vários metros. Não tinha nem mesmo a lembrança de se esforçar em ser alguém bom ou até mesmo agradável. Ali estava ela e somente ela. Enfim, não sentia nada.

Quando há copos demais

I caught my stride, I flew and flied
I know if destiny's kind, I've got the rest on my mind
Well my heart, it doesn't beat, it doesn't beat the way it used to
And my eyes, they don't see you no more
And my lips, they don't kiss, they don't kiss the way they used to
And my eyes don't recognize you no more
For reasons unknown!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Não sou eu

''É, eu estou fugindo. Não faça nada de mal a si mesma. Não... tudo bem, eu estou bem, é só que aquela ultima vez em que nos vimos foi tão rápido que pensei que isso tivesse me fugido por um momento. Isso. O problema é todo esse tratamento. Você sabe que eu não mereço. Você sabe que sou só eu mesma. Não precisamos de tanta discussão. Eu não vou mudar e nem você... E ainda assim a culpa é tão sua que''

''Mas meus olhos ainda são de 3000 folhas brancas de papel.''
Um dia farei uma casa na árvore, onde eu não precise me preocupar em lavar louça ou agradar as pessoas. Um dia não precisarei me mudar. Um dia terei uma casa na árvore onde eu não tenha agonia de ficar nela sozinha um dia inteiro. Um dia.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Pós-ligações II

- Você está chorando? - Perguntou a outra linha.
Me desculpe por ligar tão tarde. É só que aquela nossa música tocou e eu queria que você não tivesse se tornado ''tão você''. Tão longínquo. Tão mais sereno do que eu.
Queria que você apreciasse essa vista. Sim, cobertura. Não, não estou tentando me matar. Só gosto das luzes, que estão cada vez mais familiares até.
Da outra vez, eu estive aqui.
Da outra vez, sem tanto chororó.
É só que quando eu vejo a sua dor, eu me esqueço. Esqueço da xícara em minha mão. Eu me perco. E aí eu fraquejo.
Eu juro que não chego aos 20. Eu juro que já tentei.
Acontece que a vista da queda me cai melhor. O amanhecer é distante e eu simplesmente não sei o que esperar. E esperar, como outra borboleta já me disse, cansa. Cansa os pés, a mente, a língua.
Outra pancada: ''Porque você não consegue falar comigo?''
Só não conseguimos nos aturar. Você, cabeça-forte. Meu eu, borboleta. Eu sei que não é tão simples assim. Mas todos aqueles ditados populares também querem nos dizer coisas difíceis por meio de um monte de frases irônicas.
Eu queria te pedir desculpas. É o velho ''Já é tarde demais''.
Você simplesmente já sabe o que acontece depois.
A porta se fecha por dentro cada vez com mais chaves.
Essa vida é mesmo cheia de clichês.
E blá blá blá's.

Pós-ligações

-Ei...?
-Alô - Disse ela numa roquidão que me fez achar graça.
Oi, desculpa pela ligação assim, tão de repente e tão tarde. Você ainda lembra de mim? Lembra das promessas de vinil? De vinho e tudo? Eu sinto sua falta nas noites. Sinto falta dos sorrisos que me parecem tão distantes. Intocáveis. Eu sinto falta de quando era só nós dois, e não existia nenhuma complicação ou motivos para ficar sem saber de você por meses! E eu nem sei se você está mesmo me escutando, nem nada. Eu acho que estou muito alto e pouco consciente. Posso te ligar mais vezes ou pareço ridículo demais fazendo o papel de ''eu me importo mais que você''? Tudo bem. Não responda. Está frio. Eu só tenho 4 vidas agora e não estou tão certo de nada. É só... Banal. É triste demais. P&B demais. Parece que tem alguém me chamando, mas meu nome já esqueci. Eu não sei nem quem eu sou quanto mais...
...Pén-pén-pén-pén.
Você.

Árcade ou não. Irônico ou sim.

Ali, entretida estava, tão longe que doeu no meu peito de andarilho sem rumo certo. Não sabia que eu a observava . Não sabia de nada. Me pergunto sobre suas novas dores ou velhas manias. Oh, há quanto tempo não a via assim. E mesmo assim a dor de te ver (ou não) todos os dias está tão aqui. Tão mais certo que qualquer coisa que deveria ser. Ou não ser. Ou não sobreviver. Essa é outra questão que já vinha na minha lista de assuntos pendentes. Estas, são duas partes que se batalham. Como num pêndulo, sabe? Você me compreende mesmo?

Sobreviver ou não. Força de ação e reação. 3ª Lei ou não, não há nada para fazer. Essa é a parte menos triste. Sim. ''The point's that there ain't no romance around there''

segunda-feira, 24 de maio de 2010

EU SOU SUXAS MESMO

quinta-feira, 20 de maio de 2010

-Você é cheia de vírgulas...
-Eu sei.

depressão pós-soneca

Parar de fingir que se tem algo pra fazer quando não se tem.
Colocar a roupa na lavadora.
Resgatar velhas amizades.
Estudar.
Dormir.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Here goes the Fear


''Fora daqui, nos estamos fora daqui. Fora da melancolia. Ao lado do medo. Lá vai o medo de novo. Feche seus olhos castanhos e deite-se ao meu lado. Feche seus olhos, deite-se. Porque la vai o medo. Deixe-o ir.''


Não paro de ouvir a trilha sonora de 500 dias com ela.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Hero

Power to the people
We don't want it, we want pleasure
And the TVs tried to rape us
And I guess that they're succeeding
And we're going to these meetings
But we're not doing any meeting
An we're trying to be faithful but we're
Cheating, cheating, cheating


I'm the hero of the story, don't need to be saved. It's alright... no one's got it all.
(Lindíssima Regina Spektor.)

analogia de peixes

Você sabe que ás vezes eu simplesmente não me encaixo.

domingo, 16 de maio de 2010

Eu sempre achei essa coisa de dançar um pouco complicada. Eu tropeçava, pisava e as vezes machucava. Passos e ritmos eram coisas complicadas de se combinar. E combinar nunca foi um verbo que gostei muito. Era tudo uma bagunça.


i belong to you, its how it mean to be!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Só o que eu tenho

Você se vê lá, correndo numa pressa que não consegue explicar. E respirar vai ficando difícil pois seus pulmões estão gastos. Você começa a questionar-se, duvidar-se, entregar-se. A quem ou a o que, não importa agora. Essa parte pode esperar. Então você sabe que esse é o único pôr-do-sol que realmente te marcará de alguma forma, e sabe que passou tempo demais fugindo de você mesmo e das pessoas que te lembravam aquela agonia de não ter pra onde olhar. E aqueles abraços serão a ultima desculpa que receberás assim, dessa maneira que ela faz sem nem perceber. Com dó. Com amor. Sem mais alguém. O difícil é ter que saber o quanto os últimos raios de sol deixarão saudades.

don't watch me dancing

Ela disse que havia algo pra celebrar, mas o anoitecer estava mais tardio e seus olhos me lembravam o ontem. Toda essa quietude, pra que? E quanto mais me lembro do tardio, mais me recordo das reclamações. Então começam as dores de cabeça. Coisas como esperar deixam as pessoas irritadas. Nunca fui de esperar sentada, deitada, calada. Ou talvez o ''ser'' assim para mim soa tão mais significante do que o ''tentei e não consegui''. Caí e você nem viu. Talvez o ''querer ser'' não é o bastante depois de um tempo. É só que... não é e não foi. Eu sei que vivo do fingimento como esses textos tão mais noturnos do que eu, vivem. Acontece que ultimamente ''cansei'' virou uma das minhas palavras mais usadas. E não me encha com suas perguntas e acusações, eu quero mesmo é que o mundo se exploda.

Cansei de você, de mim, desse chão. E é só.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Do que não aconteceu


Saudade, pura saudade.






quarta-feira, 12 de maio de 2010

Me sinto envergonhada porque agora sabem onde me encontrar. PFFFFFF!

Alex Nascimento é o rei

”A mim, pelo convívio, já me proibiram tudo. Até a simples natureza, que o poeta chamou “sem metafísica”, me cansa. Foram eles, eles e você que me fizeram assim. Que queriam de mim? Flores de natureza cansada? Não, não sejam idiotas. Sorrisos, se ainda os tivesse, seriam prá outros. Flores… Sejamos sinceros, não têm personalidades definidas: brindam nascimentos, vidas, mortes, inda se ocupam com paixões doidas. Também não as tenho. Os outros, os mesmos outros, se, por puro prazer, as quiserem, sabem muito bem em que campo colhê-las. Incrível prá você, doutor, haver quem goste das coisas que vocês procuraram destruir e das quais não deveriam ter sabido sequer da existência. Mas, como eu não ia dizendo, “quem esteve internado numa enfermaria de manicômio jamais esquece”. E vocês jamais esqueceriam. Se saíssem vivos. É, é estranho, mas, pensando bem, plantarei uma flor. Longe do miserável fedor da merda do túmulo de vocês. Longe da terra que, no conflito entre a repulsa e o prazer, corroerá suas caras. E sorriremos, doutor: Ela e eu. Como somente as flores e os loucos sabem sorrir dos infames: Sem Qualquer Recomendação.”

i don’t mind, we’re on the top

”Ei, coração, porque insistes em bater tão rápido assim? Ás vezes fico envergonhada da sua exaltidão, de como fícas saltitante quando estou tão perto do outro alguém. Seja na calçada embaixo de uma árvore, ou embaixo de um teto. Sei que ando meio calada ultimamente, meio quieta demais. Acho que é porque não tenho nada a dizer. Penso muito sobre isso, sobre o que dizer e como dizer, e sei que sou um desastre nesses jogos de palavras, assim como no sudoku. E é meio obvio pensar que estou esquecendo de você. Não, a minha quietude é mais algo do momento. É como se eu precisasse disso diária ou mensalmente. Apenas as palavras pra mim. Mas meu coração ainda é seu. Então peço que entenda. Que espere a Joselyne animada das noites. Que não se canse de tanto esperar, e ainda se cansar, tudo bem. Só queria que você lembrasse o quanto meu sol é mais sol com você.”

16 de Dezembro de 2009

Bling

Me deixa ser assim mais egoísta perto de você, cansei de tantos espelhos em que não se vê. Não, não me peça coisas que você sabe que eu não tenho forças pra solucionar. Eu sou tão fraca quanto.

”When I offer you survival
You say it’s hard enough to live,
Don’t tell me that it’s over,
Stand up
Poor and tired,
But more than this”

I’m fine, but i hear those voices at night, sometimes

The star maker says it ain’t so bad
The dream maker’s gonna make you mad
The spaceman says, “Everybody look down!
It’s all in your mind”

It’s all in my

mind.

Salvador em Natal por você

Se eu pudesse, te levava pra lá. Corria por aquelas ruas ensolaradas de queimar os ossos, poderíamos até ir de mãos dadas. E aquelas flores (as nossas flores) nos guiariam a outro sonho não acordado.

Só pare de me ignorar ou me deixar de lado por outro alguém.

Tangerinas

Não, não chore. Estamos sobre a luz. Não se encharque mais. De luz ou de lágrimas.
Se fosse pra saber o fim, não teria começado, não teria tentado. Não estaria chorando. Não vamos para a luz, eu só quero encontrar o lado bom agora que aquela música está tocando tanto agora. Fala sobre uma janela e mudanças. Deveria ter percebido que havia algo errado desde o início. Quem sabe naquela escada problemática ou na tanta sorte do dia. Meu céu, não caia. Se torna difícil te responder quando estou assim, sem voz. O problema você já sabe muito antes de ouvir falar. É o velho. É a falta do ”novo”. Eu não aceito muito bem o que é imposto. Eu vejo todas (ou só as imagino) dançando um novo amor enquanto uma tv está me mandando mensagens subliminares. E olhe só como fico ao te ver. Não, não venha. Sim, me abrace, me esconda, me leve pra qualquer outro lugar que não exista essa velha dor. Eu já falei que estou cansada.

”Eu gosto de te ver feliz”
”Hoje em dia está difícil”
”Não está, só basta você dar um sorriso lindo para as pessoas.”

Desculpa mas eu não sou tão ela.

sábado, 8 de maio de 2010

Eu estou morrendo de saudades.


















Só.