segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Começa quando as luzes demoram a piscar. A lentidão quase que não se esconde. Eu não estou muito aí pro vôo que demora, mas está chegando.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Da minha

Transborda
Que a insaciez não mente
Entre aqui e deite
Deite e deixe pra lá.

Isola


Pois esqueci como é.

''Mas não fiquemos assim. Que de tristeza, nossas vidas já estão cheias.''

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Crises de bosta. Bosta de crises. Crises.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Desdeixar.

Desprimeiro.

Há tantas fotos. Tantas. Que eu procuro ver a diferença entre a menina de prováveis 5 anos com uma maçã verde na boca e a de hoje. Penso sobre todos esses momentos de quando você não pensava tanto. E neste lugar, em que provavelmente você já se sentiu tão deslocada, eu não sei o que não-sentir. Estou bem. Quem sabe... Eu posso até ver a minha casa, se procurar bem pela janela. Quem sabe, eu posso até arranjar uma boa desculpa para as faltas. Estou satisfeita. Sabe a recompensa que vem antes de fazermos qualquer coisa? Estranho, eu sei, mas ainda é... assim. Entende? E sabe o que é melhor que brigadeiro e doce-de-leite misturados, depois do almoço? Não, não quer. Mas ainda assim, saiba: Eu gosto desses silêncios. Não são silêncios de não-quero-falar-sobre-o-assunto. Mas, ainda, são os de não-precisamos-falar-se-não-quisermos-falar. Está bom assim? É relaxante depois desses meses, desse ano, desse dia. Quando me sentia... longe. Já estou me sentindo bem.
E eu vou te contar das quartas-feiras em que eu estiver com medo de um futuro próximo. Das quintas-feiras sonolentas. Das segundas de pizza de margherita. De uma sexta que não acaba. Eu vou olhar pra todos esses dias, e vou pedir pra você me escutar. Porque talvez. Talvez eu tenha perdido tantos abraços, que hoje em dia, tenho medo de perder o seu.
Me deixo estar no meio do seu quarto. Tão meio quanto uma cama no canto, pode ser.
Toscana, digo sem querer, lendo sua camiseta.
Lá pela Itália, você responde.
É...?
Você ri um pouco.
Quer saber o que é mais engraçado? Não, não quer.
Quero. Não, não quero.
Estou feliz por ter voltado a ser assim.
Foi o que eu lhe disse, e ainda, estou dizendo agora.

domingo, 7 de novembro de 2010

Algo explodiu no infinito.

''Seja lá onde for
Deixa o sol te levar
Tira o lar do lugar vem pra cá

Sem ter luz ou luar
Siga o brilho que for
Te guiar só pra cá, meu amor''

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Why can't we just say what we mean?

Are they laughing at or with me?

domingo, 31 de outubro de 2010

Em algum lugar de ponta negra.

Estou de novo onde as flores são da cor do amanhecer. Percebi isso uma vez, mas não esqueci. Trato de não esquecer, mas às vezes, é difícil. Não sei como funciona, mas gosto de andar por onde o sol me despenteia, cora e traz suor. Gosto. As cores ficam mais bonitas por trás do meu óculos barato. Sem falar naquilo que não escutam falar de mim. Me pergunto agora se meus sentimentos são mais importantes que os seus. Se deveriam ser. Não quero te falar bobagens. É engraçado me ouvir falar babaca. Mas antes de tudo, os pedidos de desculpa. Certo? Mas. Não sei. Sou só uma criança. Me sinto assim toda vez que me ouço falar e me ouço sentir. Está tudo bem, não estou triste. Mas se quer saber, não acha que andar por outra cidade seria igualmente bonito? Não consegui pensar em outra coisa a dizer. Pra você também é estranho imaginar que ficar velho é tão estranho quanto pensar no quanto já fomos novos? Mais ainda, meu bem. Não sei como te apelidar, mas estou feliz em poder te escrever dessa forma. E descrever também. Estou mesmo. Pra mim, é sair dos andares pesados da realidade. Porque eu estou aqui e você lá. Entende? Meus sapatos, meus cadernos velhos e feios, o verde da não-falta, os prédios que não dizem. Sou eu?
Estou à vontade em relação à falta. A aceito. Porque ouvi falar que era a condição.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

''We apologize for breaking your hearts''

Bom dia. Boa tarde. Boa noite.
Hoje eu não quero dançar. Não agora. Não dessa forma. E quando eu digo ''entristeço-e-escrevo'', acredite. O que eu tenho aqui são folhas baratas e um lápis desapontado e confusões de ''não sei''s. Queria assistir Whatever Works contigo, e talvez ganhar um beijo á cada insulto aos cretinos. Te confessaria também, que ás vezes me sinto uma. É verdade, me falta constância e pedidos de bebedeira no reveillon.
Queria. E esse é o problema. Eu queria demais. Que esqueço das pessoas.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

E eu espero que vocês estejam lá.

A saudade falada. Contida. A saudade pensada, contida. Palavras escondidas num caderno. Não em baixo do lençol. Não em um cofre a senha. Despedidas chorosas, despedidas de tchau, adeus, até depois. Te amo's e Eu também's. Suas diferenças e semelhanças. Sol e uma nuvem cinza. É a minha paisagem. Um piano alegre. Creio que a próxima chuva chegará cedo, está só começando. Casas coloridas de cores frias. Incoerência, venha bater na minha porta. Sol no rosto, calor. Promoção de vestidos. Lentes de graça. Três gatos pretos e sua sorte. Prólogos esquecidos, que as vezes não existem. Parede azul e símbolos. Cruzes colgadas. Bom dia's tardios. Cadeiras verdes. Segunda cadeira da segunda fila numa segunda-feira. Promessas de açaí. Frio de casacos marrons, cinzas, vermelhos, azuis. Conversas sobre brasília e suas dores e amores. Garotas Summer e garotos que gostam de Summer's. Enfeites natalinos. Pés no sofá. Desatenção e olhares que tardam, mas se encontram. Músicas e guitarras. Eu, envergonhada. Desculpe. Ônibus e mensagens. Mais um ônibus e sol no rosto. Cadeados que não abrem. Portas que abrem. Escadas que escorregam. Sofá que abriga. TV desligada. Cigarros acessos. Cigarros apagados. Banho quente. Cama fria. Cabeça avoada. Saudades em mensagens. Música que tranquiliza. Tiê. Coeur de pirate. The Killers. The Young Veins. The Libertines. Menos the's. Esperas de noite. Que não chegue o dia. Que não tarde a tarde. Que eu não perca a linha.


''What a shame as she slipped in the rain
The poor dancing girl she won't dance again

And they said it was a transmission
To take my love, my love, to you.''

sábado, 23 de outubro de 2010

Desculpa, mundo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Parque de Diversões.


D#7m C7/5 C7m F7m B7 Cm Cm/Bb Aº G#7
ah, se você visse
sobre as florestas e fogueiras
o desencanto das vielas
pelas quais eu andei

ah, se você cantasse
''bem, como vai você?''
acolhendo minha mão
e fizesse da minha casa
meu parque de diversões

ah, se você sentisse medo,
me perderia nos bosques
para ter e derreter
a verdade que não se desmancha

C#m A7+ A7+/G# D#7 D5m/7 D#7
e meu arrependimento estaria
em desprender dos meus ossos
o gosto oco
de uma maçã no café

ah, amor, seja nuvem
mas seja homem
eu me contentaria
com seu doce apreço
(no café da manhã)

na sua ilha, no seu abraço
eu encontro as razões
pelas quais eu canto

ah, amor, é assim que é
o natural entretém
o surreal me convêm
muitos ah's

letra por mim, melodia por ciro guilherme HIHI


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ah, meu amor
É assim que é
O natural entretém
O surreal me convém.

Me engole. Você perceberá quando estiver saindo da cidade. E menos será mais. Eu sei, a maneira de fazer isto será encontrada de alguma forma. Vai me tomar o tempo. Os dias. Os minutos. Mas um dia, acordarei e verei que talvez, eu seja apenas fogueira de despedidas. E terei que aguentar mais. Te direi ''Se cuida, vê se não esquece as mentiras que criamos''. Só nossas. Queria ser minha, mas queria ser de alguém. É triste, sabe?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Et moi, étendue dans ce lit, je contemple ce que je t’ai donné de ma vie.

Ás vezes, enquanto toca c'etait salement romantique de coeur de pirate, na parte final do instrumental, me dá vontade de chorar e de voltar e de ter alguém pra abraçar forte.

''Et au sud de mes peines j’évolue loin de toi
pour couvrir mon cœur d’une cire un peu noire
Que tous les regards lancés à mon égard,
J’ai tenté de voler loin de toi
J’ai tenté de voler loin de toi''

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sobre rascunhos.

Olhe, vou me jogar da janela. Vou me jogar da janela e alcançar o menos feio terraço e roubar
(12/10)

O piano me soa melhor. Ela canta que o céu está tão claro e limpo e cheio de vontade de ser visto. Eu vejo, sabe? Prefiro não caminhar até você pra te acordar dessa nova realidade. Eu juro que prefiro. Mesmo que proteste. Mas é que... eu não sei. Eu me sinto mal. Eu me sinto como uma peça de quebra-cabeça avulsa.
(03/10)

Espero que não venham de novo com um ''A culpa foi sua se''
(16/09)

Sempre há música. Até quando não deveria. E sempre há luz, mesmo que seja chato esperar por ela. E quando se espera
Agora deitada na grama, olhando o céu. Por motivos especiais.
(13/09)

Para um dia de
(12/09)

Foi difícil. Era algo que não gostava de admitir. Tanto pra si, quanto pra ela. Que desde a primeira vez, chegou e sorriu. Não tão diferente de antes. Lábios de um branco colorido de rosa. O rosto seco de lágrimas raras. Os olhos pequenos por trás de um óculos que faziam parte. Da cena. Que um autor descreveria pois não havia complexidade no estar confuso. A complexidade estava na felicidade contida dos dois. Nas desculpas que inventavam. As mentiras a si mesmos. ''Nunca daria certo, você sabe''
(27/08)

Eu realmente queria te dizer várias coisas. Coisas que provavelmente não mudam nada. O clichê desculpas, quem sabe, pra começar. Por acreditar demais, por confiar demais, por não ser só sorrisos. E quando ser, não guardar pra mim. É que eu só faço besteira, eu sei. E prometo: essas são minhas ultimas reclamações ''ao mundo''. Quero dizer que continuo quase caindo em ônibus e gostando de rir alto em filmes. Prefiro pensar em movimento, mesmo que a inércia não seja do meu agrado. Não gosto de mudanças, como todos, mas com o tempo acabo gostando. Ainda não sei o que me atrai em cantores branquelos-magrelos-de-camisetas-floridas. Eu sei, o que eu
(03/07)

''Não. Dá. Meu. Amor.'' Eu sei que sua cerveja esquentou. Passaram-se alguns minutos desde que o vi desistindo no meio da sala. Desistir? Sim, eu disse desistir. Desistir está na moda, como outros diriam. Como eu mesma diria. Mas não lhe disse. Porque a verdade muitas vezes é incômoda. Imagine o quão tristes ficariam os mentirosos se verdade
(28/06)

Não sei o que anda se passando na minha vida. Ando entre lapsos de felicidade e risos roubados. Talvez porque os deixei serem roubados. Como dizem as más línguas: são cinco anos sem melhoras. Bem eu não contei os dias, nem as horas. Apenas deixei o tempo passar. Não controlei e nem esperei que algum dia viesse a ver a reação dos que veêm um pouco menos do que realmente pensam, sabe? É aquela velha história de você-me-cansou-espero-que-dê-errado. Eu nem sei se desculpas são realmente adequadas quando eu não forcei nada. Me lembre se algum dia forjei minha tristeza para pedir atenção. Então sou culpada porque as vezes dói mais do que deveria? Não seria muito mais patético fingir-para-agradar? Eu não acho que tenho essa culpa toda. Eu não acho que vá melhorar muita coisa. É só rancor, querida, nem vai e nem volta. Você vai e pensa que estando longe pode se sentir melhor olhando pra mim e torcendo pra tropeçar. Não seja ridícula. Nós duas sabemos
(26/06)

Lia. Relia. Chorava. E mais outra vez. Era sempre assim, enquanto estava lendo as palavras de outra pessoa, sua voz, sua mente. Ou até quando estava lendo-se mesmo, quando lembrava dos antigos momentos. Sempre antigos. Nunca novos. Gostava da letra dela, redonda, nunca na linha, sempre um pouco mais acima. Os ''de'' parecendo com ''ou''. As palavras ás vezes riscadas por ter mudado de idéia na ultima hora, ou por erros de ortografia.
(23/06)

''Eu estou com medo. Eu sei. O comúm medo. Essa mesma coisa de achar que as coisas não importam''
(23/06)

Lembro do tempo em que preferia não me deixar tocar. Tocar no sentido de
(21/06)

Na indecência, na tristeza, na adolescência. Prometo desrespeitar-te. Prometo odiar-te todos os dias da minha vida. Até que ela nós junte de novo.
(25/02)


Vê como eu sou cheia dessas linhas sem um fim que tenha sentido? Sem-sentido. Sem nada.

N
a
d
a

Eu poderia te enviar rosas.

Mais verde, mais laranja, mais vermelho. Três da tarde e sete minutos.

A case of Vanity Kills, they're all up for the thrills
But not the working darlin'
Life's a roll of a dice, but you'll pay the price
When that curtain falls

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Bobíssima.

Sem cocar.

''Eu vou te dizer o seu problema. Você fala alto, ri alto, exagera. Você é preguiçosa, mal-educada e não liga pros outros. Queria saber se quando você pergunta ''o que eu faço?'' é realmente afim de ser alguém melhor, por que só me parece uma desculpa. Para que? Não sei. Eu sei que se você continuar a dançar no meio da sala com um pijama de índia me pedindo pra não te deixar cair, eu vou continuar a te ignorar. A te ignorar e a te amar.''

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Queria me vestir de você no carnaval.

O ''isso nunca vai funcionar'' sempre tarda a chegar. Mas sempre chega.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sobre ontem 2.

Descobri que pessoas são preconceituosas sem saber que realmente são por coisas aleatórias.
Descobri que um açaí de 500 ml na praia me mata de frio.
Descobri que eu achava que pessoas já tinham deixado de se vestir tipo restart, mas não (o que também me encaixa no entendi no. 1)
Descobri que o sol das 15h00 é melhor que o anoitecer.
Descobri que sonhar sobre dentes caindo deixam as pessoas paranóicas.
Descobri que The young veins me deixa muito bem.
Descobri que deixar a sobrancelha muito fina fina fina é assustador.
Descobri que janeiro ainda vai demorar.
Descobri que eu estou em parte feliz porque vai demorar.
Descobri que sou podre quando se trata em fazer poesias.

sábado, 9 de outubro de 2010

Queria menos.

Ana Gabriela, eu tenho que te falar: Sofro por vontade de coisas novas. De chegar na sua casa às quintas de tarde com sorrisos e histórias. Sentar no seu sofá desconfortável, beber o seu café, fumar os seus cigarros. Tentar me achar nessa sua vida. Esconder-me nela. Me moldar nas suas costelas. Desenhar os seus olhos nariz maxilar sobrancelha boca. Remediar minhas faltas nos seus excessos. É muito, é muito.
É tanto que.

Everyone but you.

Leve. Mas não bem-me-leve. Eu te disse que era a melhor noite da sua vida, mas não tinha tanta convicção nisso. Sabe quando é melhor dizer do que reprimir? Falar as entre linhas. Suspirar os sobre olhos. Envergonhar os risos. Fingir não querer agarrar todas as oportunidades para perguntas inconvenientes e te fazer dizer ''Ah, mas quem sou eu pra''. Eu estava assim. Como qualquer sentimentalista. Nem a primeira e nem a última. Ah, quanta tolice.
E tinha esse vinho que você saqueou dos seus pais, junto a comidas feias que não me pareciam comestíveis. E tinha essa cortina florida e lençol de peixes. Uma TV ligada para evitar visitas constantes dos parentes. Já tínhamos dedilhado e cantado alguma coisa velha. Já tínhamos rido sobre nossas mãos pequenas grandes com veias. Juntas. Você me perguntou sobre eles e eu sobre elas. Pediu-me pra não pensar muito. Puxou-me para um meio abraço meio tudo bem não somos tão fofos, você sabe. E então estávamos dançando uma música escolhida com cuidado.
Eu temo, compreende? Quando você anseia por uma companhia, por um calor, por carinhos espontâneos, você simplesmente sabe. E ainda que o outro às vezes repreenda, não entenda, enlouqueça. Surpreenda. Há esse querer mais, pensar mais, se importar tanto.
O que eu temo é o cansaço, meu bem, os pensares e pesares. Os beijos que não vêm, as conversas não-minhas, o tempo não-comigo.
E ainda, mesmo quando você repita ''mas você sabe, não sabe?'', ainda vou pensar que talvez, bem talvez, eu não saiba.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

POR FAVOR, ALGUÉM OFEREÇA UM LIMITE!
Ah, como é bom ser jovem e tola.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Eu tenho muito muito muito medo de ir embora.

Juro, a partir de hoje.

''Eu não sei o que tava acontecendo, mas sempre parecia que você me escapava pelos dedos.''
''Como areia?''
''Não, como o ar''


Esse meu violão de sonhos está desafinado, meu bem. Eu não sei mais com que acorde se toca uma música que você poderia lembrar. Poderia. Poderia porque de repente seu lema virou ''a gente se fala mais tarde''. De repente você ficou tão ocupada. Inafiançável. E sua vida está tão esvoaçada. Eu vejo as cores. O laranja do seu cabelo novo e sua frequência baixa. Ninguém nunca esteve de acordo, não é? Sempre houveram essas promessas e palavras e reconfortos. Mas nunca estivemos saciadas. Eu tenho uma flor na mão e lágrimas na outra. Você me entende? São tão suas quanto minhas. São tão esquecidas. E isso me deixa frustrada. E triste. E dispersa.
Eu estou sozinha em casa de novo. As cinzas já caíram de novo em mim. E eu me sinto como anos atrás. Numa noite de choros numa cama que agora não é mais minha. Numa casa que não é mais minha. Com soluços altos e infantis que continuam. E ainda me pedem pra parar. Mas não com palavras, sabe querida? Não. Agora há menos repressão. Agora eu sou tão minha que eu peço pra não ser. Para roubar carinhos de mãos que preferem outras. Eu não escrevo mais cartas desde o 21 de dezembro. As lapiseiras não me entendem. E os papéis meu fogem. Eu não tenho mais tanto medo de filmes que você dizia serem bobos e agora, quando acordo, por um tempo penso sobre onde estou. Eu não lembro. Estou convencida disso à 5 meses. E eu queria que você soubesse porque ainda sinto essa parte de mim que não quer que você simplesmente desapareça. Passei a gostar mais de sol. Da grama. Deixei de ser um tão fardo pra. E eu acho que de uma forma estranha, estou conseguindo. E estou feliz. Mas isso não me faz esquecer, e é por isso, que por meio desse meio texto meio confissão que eu enfim te digo: Eu estou aqui. A dançar uma música qualquer.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Eu acho engraçado

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Let's never get older.

Você chega cansado. A rotina, você me diz, é a maldita rotina. Sorrio descansada, abro os braços, espero você entrar neles.
Você demorou, resmungo um pouco, afago seu cabelo.
Mas hoje não estou irritada. Não. Hoje estou feliz por você ter demorado. Por ter sentido essas pontadas de ansiedade que é se sentir cada vez mais perto. Drogada. Hoje eu digo, tudo bem. Aceito essa condição para variar um pouco e te fazer menos triste pelo amanhã.
Hoje eu sou apenas pequena. Abraço suas costelas e sinto seu cheiro de homem. De suor misturado a café derramado no bolso escondido pelo casaco. De perfume. E sinto até meu cheiro no seu cheiro.
Hoje eu vejo a hostilidade da idade. O cansaço nas suas olheiras pernas braços consciência pálpebras. As beijo por pena. Por querer ter estado do seu lado quando o sossego virou agonia. Para segurar sua mão de pessoa grande. E deixá-las suarem juntas.
Hoje eu quero ser menos indiferente e te enxer desses afetos repentinos e palavras que fazem me desconhecer. E me perguntar como deixei tudo isso escapar às vezes. Como deixei se tornar difícil às vezes.
E vou deixar você ficar assim, bem junto a mim. Para gravar bem na memória e nunca esquecer.
Hoje eu vou me deixar amar mais você.

domingo, 26 de setembro de 2010

All was golden in the sky.

Lembrei como tudo parece fluir para fora dos meus ossos, e isso só me faz lembrar o quanto eu queria ganhar o mundo numa loteria.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Isso é o que eu espero.

Eu penso, respiro, penso. Será que a gente se conhece mesmo? Acho que não. Acho que relutamos em encontrar um no outro aquilo que queremos. E encaixamos um no outra a expectativa de sempre. Eu me entristeço só de pensar em ceder a minha atenção para esse pedaço de... Não sei o que é. Estou cheia de sei lá's. Cheia de músicas e tempos e cansaços físicos e me pergunto tanto. E tenho tanta saudade e orgulho e culpa. Por isso eu não reclamo da sua indiferença. Mesmo que eu me cale tanto e me pergunte o que eu fiz de errado. Se não foi suficiente mudar. Porque você sabe, eu mudei. Foi uma daquelas partes do sonho em que uma hora eu voava e no outro eu não conseguia me mover. E sei lá... Talvez eu mesma não me importe tanto quanto você.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Lady, where has your love gone?

"Não queria que passasse o tempo sem eu ter consciência de estar sendo alguém que eu não sou” Eu te disse.
Lembro de te ver fechar um livro e levantar os olhos para mim.
Estávamos na varanda da casa dos meus pais. Haviam saído. Era um dia daqueles que você reclamava sobre o meu “pensar demais”. Não havia pôr-do-sol. Não havia sol. Havia apenas essas nuvens espessas, esperando o momento certo para descer como chuva e dançar nas janelas e nas ruas.
Você deixou o livro de lado.
É verdade, houve um tempo em que eu sentia que poderia levantar o mundo e continuar deitada com você ao meu lado, assistindo Stich destruir o centro da cidade em um filme que você falava que te fazia lembrar de mim menor.
Eu sabia como era ignorar certas coisas.
Simples assim: Ás vezes era bom ficar desse jeito.
Eu esticava as pernas, até sentir estralar em algumas partes. Deitava-me ao seu lado, esperando você agarrar minha mão e quando você não o fazia, brigava, mas não porque me importava, mas porque gostava de reconciliações.
Era bom parar e então olhar a massa de prédios acumulados mais á frente. Os carros que passavam. As pessoas apressadas sentindo que choveria a qualquer instante. Sentir frio e calor ao mesmo tempo. E ter vergonha quando a claridão do sol estivesse entrando pelas janelas de manhã.
Você parou por um longo tempo. Olhava pra mim, pra varanda, pra mim de novo. E parecia tão calmo.
E então de repente, eu fiquei angustiada.
Eu sabia que depois eu lembraria de você calculando o que responder e pensaria nas relações... Sobre o ser suficiente. E era por isso que eu ficava mais sozinha, pensando que talvez fosse melhor assim do que admitir uma falsa alegria. Era complicado. Ser feliz é complicado. Não adiantava só sorrir ou fingir, sabe? Tudo sempre esteve além disso. As pessoas denunciam farsas. Tudo precisava ser provado, anotado, concretizado.
“Nada importa, contanto que você esteja bem”, você me disse, um pouco antes de eu desistir de ter alguma resposta. “As pessoas necessitam de pequenas felicidades, desses pequenos pedaços de tempo na vida delas para lembrar como é ser alguém menos cético, menos programado. Apenas... Ser feliz, sem saber, entende?”.
E eu concordava. Era verdade que eu queria ir pra cidades serranas beber chá com alguém, mesmo que não gostasse. Ir à praia e saltar as ondas como se fosse Ano Novo. Subir um morro e assistir o coro de pássaros. Essas coisas que significavam pouco, e fazê-las só por querer fazer.
Mas ainda assim, me sentia desnecessária. Um pequeno nó intrometido numa linha.
Desconfortável ou insegura demais. ''Está certo assim?'' '' Deveria pensar assim?''
Eu não te falava isso, por medo de apelar demais sua atenção.
“Lady, where has your love gone?”
Eu pensava no que você dizia, e então você desistia de esperar por alguma reação que demonstrasse alguma coisa da minha parte. Voltava sua atenção pro seu livro. Eu engatinhava até você. Me inclinava para beijar seus lábios. E me enfiava dentro dos seus braços. Pronta pra dizer pra mim e pra você: Quiçá um dia eu seja capaz de entender.

Eu, tentando e você conseguindo.

''Eu não sei, o problema que eu vejo é que você tenta abraçar o mundo com as pernas. Tenta agradar todo mundo, e aí abraça o mundo com as pernas, mas fica tronxa, desconfortável, talvez você devesse só se preocupar com as pessoas certas.''

Não se desgaste. Eu sei que dói não ter resposta.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ou muito.

Eu acho muito engraçado quando você vem cheio de PFF's da vida me contar as besteiras que acontecem por livre arbítrio. Eu gosto quando você me elogia. Eu gosto de me sentir importante.



Nem que seja um pouquinho.
AFF tô cheia de drama, tô boba assim do nada e buscando explições desnecessárias.
Mas eu gosto quando você finge não mudar de assunto quando começo a falar coisas sem-vergonha. E gosto de me ver cheia de ''awn''s de novo, ao invez de chororós sobre a falta de compreensão.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

11:57 Hora do desespero.

Estava sentada entre conversas, sentia. Mas não sentia pouco. Era uma galáxia se aproximando. Meu telescópio imaginário mostrando um desvio para o azul. Os três últimos minutos da manhã cansada demorariam tanto quanto nos outros dias?
Não escutava. Mas desenhava na carteira da mesa. Balançava o pé, instintivamente. Olhos pequenos. Muito pequenos. Perdidos entre cílios que prometiam um desejo, de vez em quando. Ou até dois, quando fosse um dia de sorte.
Costumava se perguntar muito. Reclamar muito. Perder o chão demais. Hoje em dia havia uma sensação de estar satisfeita. Pelos livros que lia. As músicas que escutava. Os parabéns que recebia. E os sorrisos que despertava. Era menos... sabe? Eu nunca soube explicar. Mas sempre houve uma necessidade de uma harmonia, que ela sabia que não a tinha.
Parava na frente do espelho no final da tarde. Com o vento entrando pela janela. Tirava os sapatos, as meias, a blusa. Tirava as mágoas, as tristezas, a impaciência. Calça, sutiã, calcinha. Ficava com frio. Um frio de pré-noite. De pós-dia. Da pele descoberta e macia. Teimava em descobrir algo. Que não encontrava nem no seu reflexo. E as vezes se enganava com os excessos. Com os vícios. E se orgulhava de não se orgulhar em ser uma metamorfose ambulante. Tentava não demonstrar. E pedia demasiado silêncio. Porque ele é necessário. Porque alguém já tinha lhe dito que quem menos diz tem mais o que dizer, e ela concordava. Acreditava nas pessoas, e era estranho, pois não acreditava em si mesma. Mas o que fazer sem a incoerência de todos os dias?

Sabe... Eu não estou triste, você entende? Eu só não sei e nunca soube.
Eu sou muito menor do que ás vezes penso.

sábado, 11 de setembro de 2010

Querendo saber.

Eu sou o sorriso de uma esquina sonolenta. O gato que cruza a janela e te dá Mau Dia. Sou o domingo descombinado. As cinzas de um velório e o choro da viúva. Temo ser a tragédia mas em tristeza, eu choro. Queria ter a certeza de e sentar pra. Às nuvens tudo devo, desde a beleza de ver á necessidade da chuva. Queria ser o salto do suicídio, para poder experimentar as sensações de uma hora ser e na outra não ter com o que se preocupar. E minha alegria seria deixar pra mais tarde, ser só sol sobre Marte e por fim acertar.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Síndrome do Devolva-me.

Me devolva as cartas, os retratos. Finja que não me vê e conhece mais. Me deixe sentir sua falta. Me esqueça mas continue amando.


(Adriana quem ensinou.)

Pensares intervalares.

O que temos em comum é o sol que não se esquece. (E aquece.)

terça-feira, 7 de setembro de 2010


Linda assim.

domingo, 5 de setembro de 2010

Escorregue.

Bem, eu gosto de dias como ontem. O nosso picnic foi fail total porque começou a chover, daí fomos correndo para a casa de Roveri, enquanto Luanne e o namorado se beijavam na rua (todo mundo gosta de beijos na chuva). À noite fomos pra casa de Jair, que estava sozinho e assistimos Fight Club, jogamos Quest (e errei todas as perguntas, claro), dormi de novo na cama de Catarina, só que sem Catarina e voltei pra casa.
Legal nada ter sido combinado, sabe?
Revelei as fotos da Olympus, mas só saíram 13 fotos:



sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ônibus lotado.

E como falar das tantas vontades que sobem, descem, falam?
Como não preferir mãos se tocando ao em vez de uma ao vento?
Como não saber falar sobre a falta e o desgaste que deveria, mas não?
Como te dizer senti, sinto, e não minto?
Como te dizer que te acho bonito no café da manhã sem soar irônica?
Como não exagerar?
Como não ter em mim todo esse drama?
Como dizer ''estou exausta'' sem soar repetitiva?
Como acreditar em algo que só se supõe entender?
Como me sentirei quando ler isto de novo?
Como falar de amor, de uma forma que outros amantes já não tenham falado?

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sobre ligações III

Tá tudo ficando meio louco. Dividido. Eu não quero ter que me refazer de novo.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Para que as flores não morram tão rápido.

Você também não sente que alguma coisa está errada?
Pois é o que eu penso o tempo todo. Entre intervalos de aulas sobre genética e o fim da manhã, quando estou dentro de um ônibus tentando dormir entre os solavancos.
Eu sinto que há alguma coisa errada quando é difícil pedir desculpas. Quando quero estar mais perto. Quando me sinto repetitiva ao escrever tanto sobre o que já deveria ter passado. Não me sinto confortável com os olhares que deveriam ser mais. Perco a paciência. Não espero. Mesmo que por trás da minha aparência, eu esteja sempre esperando. Algo a mais. Uma perna se encostando, conversas abraçadas, você-sabe-o-que's com uma letra específica e apenas nossa. Dentro de um ônibus. No banco da praça. Quando não fizer sol. Quando estiver acordando. Quando me sentir um grande não cheio de descrenças.
Tenho que confessar que hoje foi estranho. E ainda te diria: Nunca tinha reparado que tinhas crescido tanto. Quando foi? É estranho amar suas sobrancelhas? E por mais pesado que tenha se tornado o fardo dos nossos encontros escassos, continuar percebendo o que outras pessoas já perceberam. Você ronca, e é engraçado. Você espirra, e eu rio. Você me contraria, e eu me aborreço. Você ri, e eu me envergonho. Você canta, e eu choro. E mesmo que demore. Ou chegue a se apressar, bem, ainda há um mundo de saídas. De encontros. De chegadas. E de mais fins. Porque sempre há algum para lamentar. Para pedir que nunca mude. E que seja sempre amor. E que todas as músicas façam sentido. E que eu guarde todos os corações de papel de bala para você. E torcer, que algum dia, alguém ainda se lembre das flores entre os livros.

domingo, 29 de agosto de 2010

Ah, o ''querer''.

O problema é que eu quero te consolar. Quero te dizer que não sei o que te dizer e te escutar dizer que está tudo bem quando não se está. Dessa forma... Da única forma que os amantes mentem ''sem querer''. E da mesma forma, ser traída por mim quando preferir abraçar as desculpas para te ter do meu lado e assistir um filme sobre sonhos. Ou por vezes, sobre fantasmas, porque você sabe que sou medrosa e gosto da minha mão pequena na sua. E te ver achar fofo quando sinto cócegas demais. E querer que você as faça, porque gosto de sentir qualquer toque. Qualquer. E assim, ser. Mesmo não sendo. Querer, mesmo dizendo que não quero. E ter no fundo do peito, um suspiro reprimido a cada vez que lembro, e ter no fundo de um suspiro, a vontade de mais. De um outro dia. De um dia a menos sem você. E dizer: Não mude. Até o dia em que eu precisar ir, e você também. Como tantas outras pessoas já foram.

sábado, 28 de agosto de 2010

Sobre o dia de hoje.

McDiaFeliz. Comi uma batata frita pequena e um milk shake como Susana pediu. Fotos no sol. Fotos sem sol. Fotos com Chocolate Brasil. Fotos sem Chocolate Brasil. Pintei coelhos em caras que me lembraram Emily (porque ela pediria pra pintar o rosto também). Pintei corações. Pintei flores. Não me pintei, sem nenhum motivo aparente. Dancei músicas engraçadas.
Foi um bom dia.

Sobre tudo isso.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Redes e vielas

Foi difícil. Era algo que não gostava de admitir. Tanto pra si, quanto pra ela. Que desde a primeira vez, chegou e sorriu. Não tão diferente de antes. Lábios de um branco colorido de rosa. O rosto seco de lágrimas raras. Os olhos pequenos por trás de um óculos que faziam parte. Da cena. Que um autor descreveria pois não havia complexidade no estar confuso. A complexidade estava na felicidade contida dos dois. Nas desculpas que inventavam. As mentiras a si mesmos. ''Nunca daria certo, você sabe''

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Em que sonho eu sonho meu sonho igual ao teu?


D7+
eu pensava ter uma bicicleta
Em7 D7+
e pedalar até a tua rua
Em7
dizer que ainda sou tua

D7+ Em7
eu queria ser um avião bem leve
D7+
pra sobrevoar o teu terraço
Em7
e tapar teu sol

D
fazer tu perceber
Em7
que sem eu aí não tem
D Em7
ninguém pra te aquecer...

D7M
perfume atrás da orelha
vestido bem vestido
Em7
um sorriso no rosto
um punhado de amigos
que é pra,
D7M
se acaso eu te encontrar um dia,
Em7
tu ver como eu ainda tô bonita

D7M
ou mais
Em7
ainda mais ainda
D7M
ou mais
Em7
ainda mais bonita

Apanhador Só - Bem-me-leve. É quase tão boa quanto Change your Mind. Assim, de mudar tudo.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Eu queria
Pra encontrar paz

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Oi, almoço. Oi, casaco. Oi, frio. Oi, você.
De alguma forma, o dia começou muito ruim e terminou muito bom. Normalmente, acontece ao contrário.

sábado, 21 de agosto de 2010

Acordei de um sonho bom.

Tenho preguiça de dizer o que penso. Ou simplesmente não tenho nada a dizer.
Tenho medo de chegar a passar por ninguém. Ninguém mesmo. Talvez, mesmo com tantas contradições, eu seja.
Queria te dizer que eu não mudaria nada. Que tenho sua carta. Aquela que, assim como eu agora, acha que nunca a escreveu.
Há pedras, há pessoas que me intimidam, que desgostam, que se soltam, que acham que são boas. Que tem frio. E que estão tão fora de si quanto. Mas elas não vêem quão bonito está tudo. Toda essa luz.
Há a indiferença. Há o coro de vozes por um música que pouco sabem sobre.
Há a minha vontade de não ir. De não largar tudo. De perder momentos em que eu pensaria ''Porque agora?''.
Há o meu amor.
Por você...
Pelos ônibus. Pelos laços. Pelo fio. Aquela letra, aquela sílaba, aquele pedaço insignificante de sonho.
Não ache que desapareci. Não ache que me dando menos abraços, a distância vai soar melhor. Eu não.
Me tire do sério. Me leve. Todos vêem.
De alguma forma, alguém tem que dar um basta. E como tantos já cantaram. Chega de saudade.
Acho que vi algo brilhando mais do que uma estrela no céu.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Não me sinto mais satisfeita com nada que escrevo e por isso, desisti. Pelo menos, por agora.
É só que eu não consigo mais fazer nada sem me lembrar do ''São cinco anos sem melhoras''.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Meu braço dói. Cãimbras. Acordar. Tremer. Olhar o tempo. Pause.
Andar. Andar. Andar. Ter mais dores no corpo. Deitar. Pause.
Correr. Não perder a hora. Te encontrar. Me perder. Esquecer. Você. Pause.
Continuar andando. Sempre tendo as mesmas dores. Sempre respirando. Nunca te desviando. Tudo um pouco súbito.

Eu não sei mais dizer nada. E eu sei que não importa.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Eu me sinto mais que criança. Feliz e triste, do nada. Por saber que. E que nunca. Eu me sinto assim. Simplesmente sinto os melhores 3 ou 4 meses da minha vida vindo.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

E lá pelo meio da tarde sentia novamente desejo de estar em outro lugar, de ser outra pessoa, de ser outra pessoa que estivesse em outro lugar. Não estou triste.

domingo, 8 de agosto de 2010

Deixo tudo assim
Não me importo em ver a idade em mim,
Ouço o que convém
Eu gosto é do gasto.

Sei do incômodo e ela tem razão
Quando vem dizer, que eu preciso sim
De todo o cuidado

E se eu fosse o primeiro a voltar
Pra mudar o que eu fiz,
Quem então agora eu seria?

Ahh, tanto faz
Que o que não foi não é
Eu sei que ainda vou voltar...
Mas eu quem será?

Deixo tudo assim,
Não me acanho em ver
Vaidade em mim
Eu digo o que condiz.
Eu gosto é do estrago.

Sei do escândalo
E eles têm razão
Quando vêm dizer
Que eu não sei medir
Nem tempo e nem medo

E se eu for
O primeiro a prever
E poder desistir
Do que for dar errado?

Ahhh
Ora, se não sou eu
Quem mais vai decidir
O que é bom pra mim?
Dispenso a previsão!

Ah, se o que eu sou
É também o que eu escolhi ser
Aceito a condição

Vou levando assim
Que o acaso é amigo
Do meu coração
Quando fala comigo,
Quando eu sei ouvir...

O velho e moço - Los Hermanos.
Me fizeram lembrar o quanto eu gosto dela.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Não. Dá. Mais. Meu. Amor.

Nunca dá, nunca deu. Adeus, tristeza nunca mais.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

''Is young a word for dumb
A word for fun
We have the time of our lives every night
Like it’s our job to lose our minds
And it’s every night
We have the time
Like it’s our job
To lose our minds
Every night''

Blábláblá numa noite de sexta-feira com fumaças sorridentes. Vamos, você sabe que estou correndo pelo equilíbrio e eu não páro. Eu fujo. Algum dia nós encontraremos naqueles lugares improváveis de se conhecer alguém, provavelmente terei raspado a cabeça ou pintado as sobrancelhas, ou alguma dessas mudanças físicas que querem representar algo a mais, e então você dirá ''Acho que algum dia te conheci. Ou ao menos tentei.''

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Tardes de picnic com muitas alegrias.
''Eu não vou cortar minha barba e eu não vou mudar meu cabelo
Ele cresce como uma fantasia de flores mas não cresce em lugar nenhum
Meu cabelo, meu cabelo
Se eu pudesse construir minha casa, tal como o cavalo de Tróia
Eu colocaria uma estátua de mim mesmo sobre a estante
Claro, claro, claro

Ela é a fumaça, ela está dançando piruetas fantasiosas
Nadou emergindo do vazio profundo do meu cigarro trágico
Ela é o vapor
Rindo no vidro da janela
A neblina interminável
Oh, aquela sempre sorridente dúvida
Oh, aquela sempre sorridente dúvida
Balé

Tudo foi sentido falta
Eu perdi mais canções para inundações
Eu não posso provar que isto tenha qualquer sentido mas com certeza espero que tenha
Talvez, eu nasci com curiosidade
Como os antigos corvos
Como os antigos corvos
E, oh, como o piano sabe?
O piano sabe algo que eu não sei''

The piano knows something i don't know - Panic at the disco.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

You can call me anything you want.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Merda. Merda. Merda. Merda. Merda. Merda. Eu sou a porra de uma adivinha. Merda.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

''Não, sério, não suma''
''Por onde você anda?''
''Porque você está toda machucada?''
''Já vai?''
''Você já não me faz tão bem''

Eu sei.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

berço = ruas à noite

praia + amanhecer + mistura de todos

Era aquela velha blusa azul. Apertada. E triste, principalmente. O fazia parecer aquelas crianças usando roupa do irmão mais novo. Tinha aquela expressão de estar fingindo desinteresse em qualquer coisa. Mania que havia adquirido com anos de convívio com ela. Nancy, sua irmã mais velha. Ela que havia arranjado pílulas de-já-nem-sei-mais-o-que-lá. Que havia meio que desandado sua vida assim mesmo. Seu nome já era bem sugestivo.
Grande garoto de 19 anos. Meio fodido. Meio acanhado. Meio nada. Eu sabia que ele queria ter algum lugar secreto (mas não tão escondido assim) pra se guardar do mundo, ás vezes, quando este parecia tão hostil. Ou apenas para fumar e conversar com alguém. Essas coisas que nos deixam menos elétricos me parecem apenas uma desculpa pra olhar o céu e a fumaça do ontem. E lembrar desse ontem mesmo, apenas porque essas lembranças vieram de repente. Em que estava numa grama em frente á praia e sorria como não sorria hoje. Quando estava tão alto que a grama lhe subia e via as estrelas triplicarem. Lembrava que segurava a mão de alguém. De alguém pequeno e magricela. Ela o beijava mas não sentia seu corpo. E nem o seu próprio.
Fechava os olhos. Pensava em outros amores. Nos que não duravam, não reclamavam. E principalmente nos que amavam tanto quanto. Não tinha chegado tão longe com nenhuma. Era meio incomodado com isso de mãos dadas. Com isso de mensagens e até mesmo de ter que lembrar. Odiava lembrar. Odiava ter que fazer alguma coisa. Era meio esquecido mesmo. Ou meio avoado, se preferir. Tinha aquela famosa sensação de não pertencer ali. Nunca e nunca. Nunca estava tão bem assim. Acho que foi por isso que quando fui procura-lo, ele sumiu. E nunca mais se ouviu falar.
Hoje eu estou mais pra Nancy do que pra Summer.
Eu quero mesmo é que vocês se comam e morram. Cansei dessa porra toda. ''Adios''.

2

O combinado desandou um pouco. E falando em diminutivos, aqui vai mais um: Meu coraçãozinho me traiu. Não tão pouquinho assim. Você sabe que dentre tantas outras promessas e petições o amar menos é o menos irracional. Não irracional. Improvável no sentido da incapacidade. Também é uma questão do ambiente nada hostil em que sem querer se infiltrou, por sorte. Sorte, que em seu mundo acabou a algum tempo. Por falta de muita coisa, como diriam os caras da auto-ajuda. Coisas a menos ou a mais, não é mais triste que a dúvida. Ou mesmo a falta de saber. E você sabe que qualquer falta de saber é ignorância e ignorância a gente vê por aí todos os dias. Ninguém gosta de ignorantes. Mas acredito que estão em nós, assim mesmo. Em nós. Nem que seja num pouquinho. Aqui estou eu com mais diminutivos. Perdoem a minha mania de achar qualquer coisa pequena. Bom seria se essas coisas virassem mesmo alguma coisa. Significativas. ''Eu preciso de férias da minha falta de problemas''.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Querida, eu sei que você acha que eu não estou tentando. Seus olhos me dizem muito mais do que tenho coragem de admitir. Chego tarde. Não te abraço. Sem mais contatos. Se perdeu, me disse. E nem se deu o trabalho de voltar. Concordo com tudo isso. As músicas daquele rádio de pilha são as mesmas mas não soam tão familiares assim. Vejo aqueles tons de griz que pintavam nossa parede, o tempo todo. Gostaria que quando você tomasse a decisão de ir, não me avisasse, nem nada. E se não fosse pedir demais, depois de algum tempo, quando não doesse muito, queria que você me escrevesse. Quem sabe um cartão postal. Imagine só minha felicidade em recebê-lo e ver que sua letra miuda não mudou e nem seu habito de chorar ao escrever pros que estão longe. E chuva. Não esqueça de me contar da chuva.
Gostaria de dizer que compreenderia, que não guardaria mágoas. Mas me conheço mais do que você. As feridas estão aqui, vamos, cure-as.
Estou tão triste que meu egoísmo só cresce. Maltrato tudo e todos.
Ando sentindo-me fora de mim. Então torça, para que me encontre pássaro e voe pra nunca mais voltar.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Near Future

''Nos momentos de surdeza nervosa, não consigo contar até 10 como me aconselharam. As coisas ficam meio doidas assim, meu sangue ferve e meu coração dança. E quando não estou assim, penso no vazio e no arrependimento que as vezes vem (e demora pra voltar ao lugar aonde eu os guardava). Não consigo domestica-los. Não são domesticáveis. E dói. Porque não é uma dor racional. Falo também sobre a inconstância do meu ser, da minha vida de borboleta, da metamorfose tardia, da maneira como as pessoas reagem ao meu bipolarismo. Queria saber mudar por mim mesma, por dentro. Não queria apenas um corte novo de cabelo. E muito menos ser obrigada a mudar por necessidade, mas sim por tentar ser uma pessoa melhor. As vezes queria ser uma boa filha e mudar certos hábitos. Mas não era o que eu queria ser desde pequena? Suja, puramente suja. Mas então, aí que está o paradoxo.''

Meu ''eu'' borboleta, Paradoxo (Beatrizando), 15 de Janeiro de 2010.

sábado, 29 de maio de 2010

Neutro neutro neutro neutro. Sou neutra. É a minha nova filosofia.

twisted and deranged

Novo nome, velhas manias. Cada vez ficava mais afastada da realidade de ser. E de não ser. Não fui. Afinal, ninguém a visitou como prometido e tudo ficava mais obvio. ''Eu deveria saber.'' Pensou assim, indo a qualquer lugar longe da situação. Porque você sabe que sempre tem alguma situação a ser fugida. A dessa vez não era tão diferente quanto qualquer outra. Conversas aleatórias e não tão mais adequadas que as de antes. Você sabe que as vezes eu simplesmente não me encaixo, repetia pro vento. Você sabe que as vezes eu simplesmente quero fugir ou gritar. As vezes eu assusto. Ou não só as vezes. Enfim, achou uma grama. Quase gritou, mas não queria chamar a atenção. Não. Não dessa vez. Estava tarde, pensou quando deitou e ergueu os olhos à noite. Às estrelas. Sentia aquele frio nos dedos. Frios de estar fazendo algo errado de novo. Achava que já estava imune a essa sensação. Sorriu e se espreguiçou. Pegou aquela carteira de cigarros que tinha achado numa mesa de estranhos. Com estranhos de novo. Sorriu. Mais uma vez perdida. Disse assim meio baixo pra quem quisesse ouvir. E então acendeu para si um cigarro. A fumaça entrou e saiu assim sem despedidas. Assim sem saudades mesmo. Se sentiu com frio e então percebeu que a grama estava meio molhada.
As vozes iam sumindo. O tumulto de uma noite agitada estava sendo substituída pelo nada. Assim mesmo. Nada. Porque não tinha nada a vários metros. Não tinha nem mesmo a lembrança de se esforçar em ser alguém bom ou até mesmo agradável. Ali estava ela e somente ela. Enfim, não sentia nada.

Quando há copos demais

I caught my stride, I flew and flied
I know if destiny's kind, I've got the rest on my mind
Well my heart, it doesn't beat, it doesn't beat the way it used to
And my eyes, they don't see you no more
And my lips, they don't kiss, they don't kiss the way they used to
And my eyes don't recognize you no more
For reasons unknown!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Não sou eu

''É, eu estou fugindo. Não faça nada de mal a si mesma. Não... tudo bem, eu estou bem, é só que aquela ultima vez em que nos vimos foi tão rápido que pensei que isso tivesse me fugido por um momento. Isso. O problema é todo esse tratamento. Você sabe que eu não mereço. Você sabe que sou só eu mesma. Não precisamos de tanta discussão. Eu não vou mudar e nem você... E ainda assim a culpa é tão sua que''

''Mas meus olhos ainda são de 3000 folhas brancas de papel.''
Um dia farei uma casa na árvore, onde eu não precise me preocupar em lavar louça ou agradar as pessoas. Um dia não precisarei me mudar. Um dia terei uma casa na árvore onde eu não tenha agonia de ficar nela sozinha um dia inteiro. Um dia.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Pós-ligações II

- Você está chorando? - Perguntou a outra linha.
Me desculpe por ligar tão tarde. É só que aquela nossa música tocou e eu queria que você não tivesse se tornado ''tão você''. Tão longínquo. Tão mais sereno do que eu.
Queria que você apreciasse essa vista. Sim, cobertura. Não, não estou tentando me matar. Só gosto das luzes, que estão cada vez mais familiares até.
Da outra vez, eu estive aqui.
Da outra vez, sem tanto chororó.
É só que quando eu vejo a sua dor, eu me esqueço. Esqueço da xícara em minha mão. Eu me perco. E aí eu fraquejo.
Eu juro que não chego aos 20. Eu juro que já tentei.
Acontece que a vista da queda me cai melhor. O amanhecer é distante e eu simplesmente não sei o que esperar. E esperar, como outra borboleta já me disse, cansa. Cansa os pés, a mente, a língua.
Outra pancada: ''Porque você não consegue falar comigo?''
Só não conseguimos nos aturar. Você, cabeça-forte. Meu eu, borboleta. Eu sei que não é tão simples assim. Mas todos aqueles ditados populares também querem nos dizer coisas difíceis por meio de um monte de frases irônicas.
Eu queria te pedir desculpas. É o velho ''Já é tarde demais''.
Você simplesmente já sabe o que acontece depois.
A porta se fecha por dentro cada vez com mais chaves.
Essa vida é mesmo cheia de clichês.
E blá blá blá's.

Pós-ligações

-Ei...?
-Alô - Disse ela numa roquidão que me fez achar graça.
Oi, desculpa pela ligação assim, tão de repente e tão tarde. Você ainda lembra de mim? Lembra das promessas de vinil? De vinho e tudo? Eu sinto sua falta nas noites. Sinto falta dos sorrisos que me parecem tão distantes. Intocáveis. Eu sinto falta de quando era só nós dois, e não existia nenhuma complicação ou motivos para ficar sem saber de você por meses! E eu nem sei se você está mesmo me escutando, nem nada. Eu acho que estou muito alto e pouco consciente. Posso te ligar mais vezes ou pareço ridículo demais fazendo o papel de ''eu me importo mais que você''? Tudo bem. Não responda. Está frio. Eu só tenho 4 vidas agora e não estou tão certo de nada. É só... Banal. É triste demais. P&B demais. Parece que tem alguém me chamando, mas meu nome já esqueci. Eu não sei nem quem eu sou quanto mais...
...Pén-pén-pén-pén.
Você.

Árcade ou não. Irônico ou sim.

Ali, entretida estava, tão longe que doeu no meu peito de andarilho sem rumo certo. Não sabia que eu a observava . Não sabia de nada. Me pergunto sobre suas novas dores ou velhas manias. Oh, há quanto tempo não a via assim. E mesmo assim a dor de te ver (ou não) todos os dias está tão aqui. Tão mais certo que qualquer coisa que deveria ser. Ou não ser. Ou não sobreviver. Essa é outra questão que já vinha na minha lista de assuntos pendentes. Estas, são duas partes que se batalham. Como num pêndulo, sabe? Você me compreende mesmo?

Sobreviver ou não. Força de ação e reação. 3ª Lei ou não, não há nada para fazer. Essa é a parte menos triste. Sim. ''The point's that there ain't no romance around there''

segunda-feira, 24 de maio de 2010

EU SOU SUXAS MESMO

quinta-feira, 20 de maio de 2010

-Você é cheia de vírgulas...
-Eu sei.

depressão pós-soneca

Parar de fingir que se tem algo pra fazer quando não se tem.
Colocar a roupa na lavadora.
Resgatar velhas amizades.
Estudar.
Dormir.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Here goes the Fear


''Fora daqui, nos estamos fora daqui. Fora da melancolia. Ao lado do medo. Lá vai o medo de novo. Feche seus olhos castanhos e deite-se ao meu lado. Feche seus olhos, deite-se. Porque la vai o medo. Deixe-o ir.''


Não paro de ouvir a trilha sonora de 500 dias com ela.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Hero

Power to the people
We don't want it, we want pleasure
And the TVs tried to rape us
And I guess that they're succeeding
And we're going to these meetings
But we're not doing any meeting
An we're trying to be faithful but we're
Cheating, cheating, cheating


I'm the hero of the story, don't need to be saved. It's alright... no one's got it all.
(Lindíssima Regina Spektor.)

analogia de peixes

Você sabe que ás vezes eu simplesmente não me encaixo.

domingo, 16 de maio de 2010

Eu sempre achei essa coisa de dançar um pouco complicada. Eu tropeçava, pisava e as vezes machucava. Passos e ritmos eram coisas complicadas de se combinar. E combinar nunca foi um verbo que gostei muito. Era tudo uma bagunça.


i belong to you, its how it mean to be!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Só o que eu tenho

Você se vê lá, correndo numa pressa que não consegue explicar. E respirar vai ficando difícil pois seus pulmões estão gastos. Você começa a questionar-se, duvidar-se, entregar-se. A quem ou a o que, não importa agora. Essa parte pode esperar. Então você sabe que esse é o único pôr-do-sol que realmente te marcará de alguma forma, e sabe que passou tempo demais fugindo de você mesmo e das pessoas que te lembravam aquela agonia de não ter pra onde olhar. E aqueles abraços serão a ultima desculpa que receberás assim, dessa maneira que ela faz sem nem perceber. Com dó. Com amor. Sem mais alguém. O difícil é ter que saber o quanto os últimos raios de sol deixarão saudades.

don't watch me dancing

Ela disse que havia algo pra celebrar, mas o anoitecer estava mais tardio e seus olhos me lembravam o ontem. Toda essa quietude, pra que? E quanto mais me lembro do tardio, mais me recordo das reclamações. Então começam as dores de cabeça. Coisas como esperar deixam as pessoas irritadas. Nunca fui de esperar sentada, deitada, calada. Ou talvez o ''ser'' assim para mim soa tão mais significante do que o ''tentei e não consegui''. Caí e você nem viu. Talvez o ''querer ser'' não é o bastante depois de um tempo. É só que... não é e não foi. Eu sei que vivo do fingimento como esses textos tão mais noturnos do que eu, vivem. Acontece que ultimamente ''cansei'' virou uma das minhas palavras mais usadas. E não me encha com suas perguntas e acusações, eu quero mesmo é que o mundo se exploda.

Cansei de você, de mim, desse chão. E é só.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Do que não aconteceu


Saudade, pura saudade.






quarta-feira, 12 de maio de 2010

Me sinto envergonhada porque agora sabem onde me encontrar. PFFFFFF!

Alex Nascimento é o rei

”A mim, pelo convívio, já me proibiram tudo. Até a simples natureza, que o poeta chamou “sem metafísica”, me cansa. Foram eles, eles e você que me fizeram assim. Que queriam de mim? Flores de natureza cansada? Não, não sejam idiotas. Sorrisos, se ainda os tivesse, seriam prá outros. Flores… Sejamos sinceros, não têm personalidades definidas: brindam nascimentos, vidas, mortes, inda se ocupam com paixões doidas. Também não as tenho. Os outros, os mesmos outros, se, por puro prazer, as quiserem, sabem muito bem em que campo colhê-las. Incrível prá você, doutor, haver quem goste das coisas que vocês procuraram destruir e das quais não deveriam ter sabido sequer da existência. Mas, como eu não ia dizendo, “quem esteve internado numa enfermaria de manicômio jamais esquece”. E vocês jamais esqueceriam. Se saíssem vivos. É, é estranho, mas, pensando bem, plantarei uma flor. Longe do miserável fedor da merda do túmulo de vocês. Longe da terra que, no conflito entre a repulsa e o prazer, corroerá suas caras. E sorriremos, doutor: Ela e eu. Como somente as flores e os loucos sabem sorrir dos infames: Sem Qualquer Recomendação.”

i don’t mind, we’re on the top

”Ei, coração, porque insistes em bater tão rápido assim? Ás vezes fico envergonhada da sua exaltidão, de como fícas saltitante quando estou tão perto do outro alguém. Seja na calçada embaixo de uma árvore, ou embaixo de um teto. Sei que ando meio calada ultimamente, meio quieta demais. Acho que é porque não tenho nada a dizer. Penso muito sobre isso, sobre o que dizer e como dizer, e sei que sou um desastre nesses jogos de palavras, assim como no sudoku. E é meio obvio pensar que estou esquecendo de você. Não, a minha quietude é mais algo do momento. É como se eu precisasse disso diária ou mensalmente. Apenas as palavras pra mim. Mas meu coração ainda é seu. Então peço que entenda. Que espere a Joselyne animada das noites. Que não se canse de tanto esperar, e ainda se cansar, tudo bem. Só queria que você lembrasse o quanto meu sol é mais sol com você.”

16 de Dezembro de 2009

Bling

Me deixa ser assim mais egoísta perto de você, cansei de tantos espelhos em que não se vê. Não, não me peça coisas que você sabe que eu não tenho forças pra solucionar. Eu sou tão fraca quanto.

”When I offer you survival
You say it’s hard enough to live,
Don’t tell me that it’s over,
Stand up
Poor and tired,
But more than this”

I’m fine, but i hear those voices at night, sometimes

The star maker says it ain’t so bad
The dream maker’s gonna make you mad
The spaceman says, “Everybody look down!
It’s all in your mind”

It’s all in my

mind.

Salvador em Natal por você

Se eu pudesse, te levava pra lá. Corria por aquelas ruas ensolaradas de queimar os ossos, poderíamos até ir de mãos dadas. E aquelas flores (as nossas flores) nos guiariam a outro sonho não acordado.

Só pare de me ignorar ou me deixar de lado por outro alguém.

Tangerinas

Não, não chore. Estamos sobre a luz. Não se encharque mais. De luz ou de lágrimas.
Se fosse pra saber o fim, não teria começado, não teria tentado. Não estaria chorando. Não vamos para a luz, eu só quero encontrar o lado bom agora que aquela música está tocando tanto agora. Fala sobre uma janela e mudanças. Deveria ter percebido que havia algo errado desde o início. Quem sabe naquela escada problemática ou na tanta sorte do dia. Meu céu, não caia. Se torna difícil te responder quando estou assim, sem voz. O problema você já sabe muito antes de ouvir falar. É o velho. É a falta do ”novo”. Eu não aceito muito bem o que é imposto. Eu vejo todas (ou só as imagino) dançando um novo amor enquanto uma tv está me mandando mensagens subliminares. E olhe só como fico ao te ver. Não, não venha. Sim, me abrace, me esconda, me leve pra qualquer outro lugar que não exista essa velha dor. Eu já falei que estou cansada.

”Eu gosto de te ver feliz”
”Hoje em dia está difícil”
”Não está, só basta você dar um sorriso lindo para as pessoas.”

Desculpa mas eu não sou tão ela.

sábado, 8 de maio de 2010

Eu estou morrendo de saudades.


















Só.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O melhor a se fazer num dia ''frio'' é tomar sorvete, assistir algum filme bobo de terror na cama, dormir e depois torcer para que quando acordar, todo aquele calor diário não volte nunca mais.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

''Se a gente já não sabe rir um do outro, meu bem, então o que resta é chorar.''

No momento estou afim de gritar essas músicas de corno, mas meu pai vê o big brother do meu lado. Peço luz!

''Querida luz-do-dia,

Não, não faça essas coisas que você anda fazendo. Você se cura rápido. Ou você pode aprender a deixar de lado aquilo que dói; fingir não ter um coração para se sentir melhor que os outros. Você diz estar viva, quer fazer milhões de coisas ao mesmo tempo e depois, quem sabe, deitar na grama, relaxar e talvez até desfrutar de um cigarro que conseguiu com aquele amigo não-esquecido. É como ter 250 anos de experiência em menos de 16.

Mas, às vezes, tenho a impressão de que você não sabe ao certo o que faz; está apenas sendo extremamente impulsiva e ignorando o medo de se tornar uma lembrança. Às vezes, até, algo mais superficial que uma lembrança, uma estranha. Como você disse há pouco tempo, você é alguém novo. E diferente. Agora você tem milhões de vidas pra escolher e um novo nome. Aurora significa claridade, começo, início. Juventude. Combina, não é? Você pode escolher continuar saindo à noite vestida com a sua fantasia de rebelde, um pouco de maquiagem e roupas que escolheu com cuidado e no fim ficaram melhores do que estariam numa revista; você pode voltar a ser quem você já foi ou você pode juntar um pouco de cada uma das suas 250 vidas numa única, só sua.

E você também tem o direito de se arrepender, mas por favor, meu bem, não se arrependa pelos motivos errados. Não se arrependa por ter feito algo que, do ponto de vista de um conhecido, te torne uma daquelas que a gente está acostumada a ver e demora a aceitar, simplesmente por não ser o que estamos habituados a ter por perto. Vou te contar um segredo: eu tenho medo que o tempo passe. Às vezes, antes de dormir, eu penso que se eu não fechar os olhos, o amanhã não chegue. Eu tenho medo de planos porque eles tornam tudo mais real; eu tenho medo de planos inalcançáveis. Eu tenho medo de ir embora e nunca ter feito nada, de não descobrir quem eu sou.

Não deixe de pôr suas palavras para fora, não deixa de tocar, cantar, dançar e se cansar. Não me deixe, certo? É uma bagunça num começo; é um novo começo. E eu não me refiro à quinta-feira, às novas pessoas, novas matérias, novos desencontros. Nós podemos arrumar um lugar favorito para tomar um café e sentir como se o tempo nunca tivesse nos prendido no ontem.''

Obrigada bibs, por me entender e me querer por perto.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Sábado de idosa

Só pequei não assistindo a novela, mas fora isso, até café e biscoitos fizeram meu dia.