domingo, 31 de outubro de 2010

Em algum lugar de ponta negra.

Estou de novo onde as flores são da cor do amanhecer. Percebi isso uma vez, mas não esqueci. Trato de não esquecer, mas às vezes, é difícil. Não sei como funciona, mas gosto de andar por onde o sol me despenteia, cora e traz suor. Gosto. As cores ficam mais bonitas por trás do meu óculos barato. Sem falar naquilo que não escutam falar de mim. Me pergunto agora se meus sentimentos são mais importantes que os seus. Se deveriam ser. Não quero te falar bobagens. É engraçado me ouvir falar babaca. Mas antes de tudo, os pedidos de desculpa. Certo? Mas. Não sei. Sou só uma criança. Me sinto assim toda vez que me ouço falar e me ouço sentir. Está tudo bem, não estou triste. Mas se quer saber, não acha que andar por outra cidade seria igualmente bonito? Não consegui pensar em outra coisa a dizer. Pra você também é estranho imaginar que ficar velho é tão estranho quanto pensar no quanto já fomos novos? Mais ainda, meu bem. Não sei como te apelidar, mas estou feliz em poder te escrever dessa forma. E descrever também. Estou mesmo. Pra mim, é sair dos andares pesados da realidade. Porque eu estou aqui e você lá. Entende? Meus sapatos, meus cadernos velhos e feios, o verde da não-falta, os prédios que não dizem. Sou eu?
Estou à vontade em relação à falta. A aceito. Porque ouvi falar que era a condição.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

''We apologize for breaking your hearts''

Bom dia. Boa tarde. Boa noite.
Hoje eu não quero dançar. Não agora. Não dessa forma. E quando eu digo ''entristeço-e-escrevo'', acredite. O que eu tenho aqui são folhas baratas e um lápis desapontado e confusões de ''não sei''s. Queria assistir Whatever Works contigo, e talvez ganhar um beijo á cada insulto aos cretinos. Te confessaria também, que ás vezes me sinto uma. É verdade, me falta constância e pedidos de bebedeira no reveillon.
Queria. E esse é o problema. Eu queria demais. Que esqueço das pessoas.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

E eu espero que vocês estejam lá.

A saudade falada. Contida. A saudade pensada, contida. Palavras escondidas num caderno. Não em baixo do lençol. Não em um cofre a senha. Despedidas chorosas, despedidas de tchau, adeus, até depois. Te amo's e Eu também's. Suas diferenças e semelhanças. Sol e uma nuvem cinza. É a minha paisagem. Um piano alegre. Creio que a próxima chuva chegará cedo, está só começando. Casas coloridas de cores frias. Incoerência, venha bater na minha porta. Sol no rosto, calor. Promoção de vestidos. Lentes de graça. Três gatos pretos e sua sorte. Prólogos esquecidos, que as vezes não existem. Parede azul e símbolos. Cruzes colgadas. Bom dia's tardios. Cadeiras verdes. Segunda cadeira da segunda fila numa segunda-feira. Promessas de açaí. Frio de casacos marrons, cinzas, vermelhos, azuis. Conversas sobre brasília e suas dores e amores. Garotas Summer e garotos que gostam de Summer's. Enfeites natalinos. Pés no sofá. Desatenção e olhares que tardam, mas se encontram. Músicas e guitarras. Eu, envergonhada. Desculpe. Ônibus e mensagens. Mais um ônibus e sol no rosto. Cadeados que não abrem. Portas que abrem. Escadas que escorregam. Sofá que abriga. TV desligada. Cigarros acessos. Cigarros apagados. Banho quente. Cama fria. Cabeça avoada. Saudades em mensagens. Música que tranquiliza. Tiê. Coeur de pirate. The Killers. The Young Veins. The Libertines. Menos the's. Esperas de noite. Que não chegue o dia. Que não tarde a tarde. Que eu não perca a linha.


''What a shame as she slipped in the rain
The poor dancing girl she won't dance again

And they said it was a transmission
To take my love, my love, to you.''

sábado, 23 de outubro de 2010

Desculpa, mundo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Parque de Diversões.


D#7m C7/5 C7m F7m B7 Cm Cm/Bb Aº G#7
ah, se você visse
sobre as florestas e fogueiras
o desencanto das vielas
pelas quais eu andei

ah, se você cantasse
''bem, como vai você?''
acolhendo minha mão
e fizesse da minha casa
meu parque de diversões

ah, se você sentisse medo,
me perderia nos bosques
para ter e derreter
a verdade que não se desmancha

C#m A7+ A7+/G# D#7 D5m/7 D#7
e meu arrependimento estaria
em desprender dos meus ossos
o gosto oco
de uma maçã no café

ah, amor, seja nuvem
mas seja homem
eu me contentaria
com seu doce apreço
(no café da manhã)

na sua ilha, no seu abraço
eu encontro as razões
pelas quais eu canto

ah, amor, é assim que é
o natural entretém
o surreal me convêm
muitos ah's

letra por mim, melodia por ciro guilherme HIHI


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ah, meu amor
É assim que é
O natural entretém
O surreal me convém.

Me engole. Você perceberá quando estiver saindo da cidade. E menos será mais. Eu sei, a maneira de fazer isto será encontrada de alguma forma. Vai me tomar o tempo. Os dias. Os minutos. Mas um dia, acordarei e verei que talvez, eu seja apenas fogueira de despedidas. E terei que aguentar mais. Te direi ''Se cuida, vê se não esquece as mentiras que criamos''. Só nossas. Queria ser minha, mas queria ser de alguém. É triste, sabe?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Et moi, étendue dans ce lit, je contemple ce que je t’ai donné de ma vie.

Ás vezes, enquanto toca c'etait salement romantique de coeur de pirate, na parte final do instrumental, me dá vontade de chorar e de voltar e de ter alguém pra abraçar forte.

''Et au sud de mes peines j’évolue loin de toi
pour couvrir mon cœur d’une cire un peu noire
Que tous les regards lancés à mon égard,
J’ai tenté de voler loin de toi
J’ai tenté de voler loin de toi''

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sobre rascunhos.

Olhe, vou me jogar da janela. Vou me jogar da janela e alcançar o menos feio terraço e roubar
(12/10)

O piano me soa melhor. Ela canta que o céu está tão claro e limpo e cheio de vontade de ser visto. Eu vejo, sabe? Prefiro não caminhar até você pra te acordar dessa nova realidade. Eu juro que prefiro. Mesmo que proteste. Mas é que... eu não sei. Eu me sinto mal. Eu me sinto como uma peça de quebra-cabeça avulsa.
(03/10)

Espero que não venham de novo com um ''A culpa foi sua se''
(16/09)

Sempre há música. Até quando não deveria. E sempre há luz, mesmo que seja chato esperar por ela. E quando se espera
Agora deitada na grama, olhando o céu. Por motivos especiais.
(13/09)

Para um dia de
(12/09)

Foi difícil. Era algo que não gostava de admitir. Tanto pra si, quanto pra ela. Que desde a primeira vez, chegou e sorriu. Não tão diferente de antes. Lábios de um branco colorido de rosa. O rosto seco de lágrimas raras. Os olhos pequenos por trás de um óculos que faziam parte. Da cena. Que um autor descreveria pois não havia complexidade no estar confuso. A complexidade estava na felicidade contida dos dois. Nas desculpas que inventavam. As mentiras a si mesmos. ''Nunca daria certo, você sabe''
(27/08)

Eu realmente queria te dizer várias coisas. Coisas que provavelmente não mudam nada. O clichê desculpas, quem sabe, pra começar. Por acreditar demais, por confiar demais, por não ser só sorrisos. E quando ser, não guardar pra mim. É que eu só faço besteira, eu sei. E prometo: essas são minhas ultimas reclamações ''ao mundo''. Quero dizer que continuo quase caindo em ônibus e gostando de rir alto em filmes. Prefiro pensar em movimento, mesmo que a inércia não seja do meu agrado. Não gosto de mudanças, como todos, mas com o tempo acabo gostando. Ainda não sei o que me atrai em cantores branquelos-magrelos-de-camisetas-floridas. Eu sei, o que eu
(03/07)

''Não. Dá. Meu. Amor.'' Eu sei que sua cerveja esquentou. Passaram-se alguns minutos desde que o vi desistindo no meio da sala. Desistir? Sim, eu disse desistir. Desistir está na moda, como outros diriam. Como eu mesma diria. Mas não lhe disse. Porque a verdade muitas vezes é incômoda. Imagine o quão tristes ficariam os mentirosos se verdade
(28/06)

Não sei o que anda se passando na minha vida. Ando entre lapsos de felicidade e risos roubados. Talvez porque os deixei serem roubados. Como dizem as más línguas: são cinco anos sem melhoras. Bem eu não contei os dias, nem as horas. Apenas deixei o tempo passar. Não controlei e nem esperei que algum dia viesse a ver a reação dos que veêm um pouco menos do que realmente pensam, sabe? É aquela velha história de você-me-cansou-espero-que-dê-errado. Eu nem sei se desculpas são realmente adequadas quando eu não forcei nada. Me lembre se algum dia forjei minha tristeza para pedir atenção. Então sou culpada porque as vezes dói mais do que deveria? Não seria muito mais patético fingir-para-agradar? Eu não acho que tenho essa culpa toda. Eu não acho que vá melhorar muita coisa. É só rancor, querida, nem vai e nem volta. Você vai e pensa que estando longe pode se sentir melhor olhando pra mim e torcendo pra tropeçar. Não seja ridícula. Nós duas sabemos
(26/06)

Lia. Relia. Chorava. E mais outra vez. Era sempre assim, enquanto estava lendo as palavras de outra pessoa, sua voz, sua mente. Ou até quando estava lendo-se mesmo, quando lembrava dos antigos momentos. Sempre antigos. Nunca novos. Gostava da letra dela, redonda, nunca na linha, sempre um pouco mais acima. Os ''de'' parecendo com ''ou''. As palavras ás vezes riscadas por ter mudado de idéia na ultima hora, ou por erros de ortografia.
(23/06)

''Eu estou com medo. Eu sei. O comúm medo. Essa mesma coisa de achar que as coisas não importam''
(23/06)

Lembro do tempo em que preferia não me deixar tocar. Tocar no sentido de
(21/06)

Na indecência, na tristeza, na adolescência. Prometo desrespeitar-te. Prometo odiar-te todos os dias da minha vida. Até que ela nós junte de novo.
(25/02)


Vê como eu sou cheia dessas linhas sem um fim que tenha sentido? Sem-sentido. Sem nada.

N
a
d
a

Eu poderia te enviar rosas.

Mais verde, mais laranja, mais vermelho. Três da tarde e sete minutos.

A case of Vanity Kills, they're all up for the thrills
But not the working darlin'
Life's a roll of a dice, but you'll pay the price
When that curtain falls

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Bobíssima.

Sem cocar.

''Eu vou te dizer o seu problema. Você fala alto, ri alto, exagera. Você é preguiçosa, mal-educada e não liga pros outros. Queria saber se quando você pergunta ''o que eu faço?'' é realmente afim de ser alguém melhor, por que só me parece uma desculpa. Para que? Não sei. Eu sei que se você continuar a dançar no meio da sala com um pijama de índia me pedindo pra não te deixar cair, eu vou continuar a te ignorar. A te ignorar e a te amar.''

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Queria me vestir de você no carnaval.

O ''isso nunca vai funcionar'' sempre tarda a chegar. Mas sempre chega.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sobre ontem 2.

Descobri que pessoas são preconceituosas sem saber que realmente são por coisas aleatórias.
Descobri que um açaí de 500 ml na praia me mata de frio.
Descobri que eu achava que pessoas já tinham deixado de se vestir tipo restart, mas não (o que também me encaixa no entendi no. 1)
Descobri que o sol das 15h00 é melhor que o anoitecer.
Descobri que sonhar sobre dentes caindo deixam as pessoas paranóicas.
Descobri que The young veins me deixa muito bem.
Descobri que deixar a sobrancelha muito fina fina fina é assustador.
Descobri que janeiro ainda vai demorar.
Descobri que eu estou em parte feliz porque vai demorar.
Descobri que sou podre quando se trata em fazer poesias.

sábado, 9 de outubro de 2010

Queria menos.

Ana Gabriela, eu tenho que te falar: Sofro por vontade de coisas novas. De chegar na sua casa às quintas de tarde com sorrisos e histórias. Sentar no seu sofá desconfortável, beber o seu café, fumar os seus cigarros. Tentar me achar nessa sua vida. Esconder-me nela. Me moldar nas suas costelas. Desenhar os seus olhos nariz maxilar sobrancelha boca. Remediar minhas faltas nos seus excessos. É muito, é muito.
É tanto que.

Everyone but you.

Leve. Mas não bem-me-leve. Eu te disse que era a melhor noite da sua vida, mas não tinha tanta convicção nisso. Sabe quando é melhor dizer do que reprimir? Falar as entre linhas. Suspirar os sobre olhos. Envergonhar os risos. Fingir não querer agarrar todas as oportunidades para perguntas inconvenientes e te fazer dizer ''Ah, mas quem sou eu pra''. Eu estava assim. Como qualquer sentimentalista. Nem a primeira e nem a última. Ah, quanta tolice.
E tinha esse vinho que você saqueou dos seus pais, junto a comidas feias que não me pareciam comestíveis. E tinha essa cortina florida e lençol de peixes. Uma TV ligada para evitar visitas constantes dos parentes. Já tínhamos dedilhado e cantado alguma coisa velha. Já tínhamos rido sobre nossas mãos pequenas grandes com veias. Juntas. Você me perguntou sobre eles e eu sobre elas. Pediu-me pra não pensar muito. Puxou-me para um meio abraço meio tudo bem não somos tão fofos, você sabe. E então estávamos dançando uma música escolhida com cuidado.
Eu temo, compreende? Quando você anseia por uma companhia, por um calor, por carinhos espontâneos, você simplesmente sabe. E ainda que o outro às vezes repreenda, não entenda, enlouqueça. Surpreenda. Há esse querer mais, pensar mais, se importar tanto.
O que eu temo é o cansaço, meu bem, os pensares e pesares. Os beijos que não vêm, as conversas não-minhas, o tempo não-comigo.
E ainda, mesmo quando você repita ''mas você sabe, não sabe?'', ainda vou pensar que talvez, bem talvez, eu não saiba.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

POR FAVOR, ALGUÉM OFEREÇA UM LIMITE!
Ah, como é bom ser jovem e tola.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Eu tenho muito muito muito medo de ir embora.

Juro, a partir de hoje.

''Eu não sei o que tava acontecendo, mas sempre parecia que você me escapava pelos dedos.''
''Como areia?''
''Não, como o ar''


Esse meu violão de sonhos está desafinado, meu bem. Eu não sei mais com que acorde se toca uma música que você poderia lembrar. Poderia. Poderia porque de repente seu lema virou ''a gente se fala mais tarde''. De repente você ficou tão ocupada. Inafiançável. E sua vida está tão esvoaçada. Eu vejo as cores. O laranja do seu cabelo novo e sua frequência baixa. Ninguém nunca esteve de acordo, não é? Sempre houveram essas promessas e palavras e reconfortos. Mas nunca estivemos saciadas. Eu tenho uma flor na mão e lágrimas na outra. Você me entende? São tão suas quanto minhas. São tão esquecidas. E isso me deixa frustrada. E triste. E dispersa.
Eu estou sozinha em casa de novo. As cinzas já caíram de novo em mim. E eu me sinto como anos atrás. Numa noite de choros numa cama que agora não é mais minha. Numa casa que não é mais minha. Com soluços altos e infantis que continuam. E ainda me pedem pra parar. Mas não com palavras, sabe querida? Não. Agora há menos repressão. Agora eu sou tão minha que eu peço pra não ser. Para roubar carinhos de mãos que preferem outras. Eu não escrevo mais cartas desde o 21 de dezembro. As lapiseiras não me entendem. E os papéis meu fogem. Eu não tenho mais tanto medo de filmes que você dizia serem bobos e agora, quando acordo, por um tempo penso sobre onde estou. Eu não lembro. Estou convencida disso à 5 meses. E eu queria que você soubesse porque ainda sinto essa parte de mim que não quer que você simplesmente desapareça. Passei a gostar mais de sol. Da grama. Deixei de ser um tão fardo pra. E eu acho que de uma forma estranha, estou conseguindo. E estou feliz. Mas isso não me faz esquecer, e é por isso, que por meio desse meio texto meio confissão que eu enfim te digo: Eu estou aqui. A dançar uma música qualquer.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Eu acho engraçado