terça-feira, 29 de junho de 2010

Não. Dá. Mais. Meu. Amor.

Nunca dá, nunca deu. Adeus, tristeza nunca mais.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

''Is young a word for dumb
A word for fun
We have the time of our lives every night
Like it’s our job to lose our minds
And it’s every night
We have the time
Like it’s our job
To lose our minds
Every night''

Blábláblá numa noite de sexta-feira com fumaças sorridentes. Vamos, você sabe que estou correndo pelo equilíbrio e eu não páro. Eu fujo. Algum dia nós encontraremos naqueles lugares improváveis de se conhecer alguém, provavelmente terei raspado a cabeça ou pintado as sobrancelhas, ou alguma dessas mudanças físicas que querem representar algo a mais, e então você dirá ''Acho que algum dia te conheci. Ou ao menos tentei.''

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Tardes de picnic com muitas alegrias.
''Eu não vou cortar minha barba e eu não vou mudar meu cabelo
Ele cresce como uma fantasia de flores mas não cresce em lugar nenhum
Meu cabelo, meu cabelo
Se eu pudesse construir minha casa, tal como o cavalo de Tróia
Eu colocaria uma estátua de mim mesmo sobre a estante
Claro, claro, claro

Ela é a fumaça, ela está dançando piruetas fantasiosas
Nadou emergindo do vazio profundo do meu cigarro trágico
Ela é o vapor
Rindo no vidro da janela
A neblina interminável
Oh, aquela sempre sorridente dúvida
Oh, aquela sempre sorridente dúvida
Balé

Tudo foi sentido falta
Eu perdi mais canções para inundações
Eu não posso provar que isto tenha qualquer sentido mas com certeza espero que tenha
Talvez, eu nasci com curiosidade
Como os antigos corvos
Como os antigos corvos
E, oh, como o piano sabe?
O piano sabe algo que eu não sei''

The piano knows something i don't know - Panic at the disco.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

You can call me anything you want.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Merda. Merda. Merda. Merda. Merda. Merda. Eu sou a porra de uma adivinha. Merda.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

''Não, sério, não suma''
''Por onde você anda?''
''Porque você está toda machucada?''
''Já vai?''
''Você já não me faz tão bem''

Eu sei.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

berço = ruas à noite

praia + amanhecer + mistura de todos

Era aquela velha blusa azul. Apertada. E triste, principalmente. O fazia parecer aquelas crianças usando roupa do irmão mais novo. Tinha aquela expressão de estar fingindo desinteresse em qualquer coisa. Mania que havia adquirido com anos de convívio com ela. Nancy, sua irmã mais velha. Ela que havia arranjado pílulas de-já-nem-sei-mais-o-que-lá. Que havia meio que desandado sua vida assim mesmo. Seu nome já era bem sugestivo.
Grande garoto de 19 anos. Meio fodido. Meio acanhado. Meio nada. Eu sabia que ele queria ter algum lugar secreto (mas não tão escondido assim) pra se guardar do mundo, ás vezes, quando este parecia tão hostil. Ou apenas para fumar e conversar com alguém. Essas coisas que nos deixam menos elétricos me parecem apenas uma desculpa pra olhar o céu e a fumaça do ontem. E lembrar desse ontem mesmo, apenas porque essas lembranças vieram de repente. Em que estava numa grama em frente á praia e sorria como não sorria hoje. Quando estava tão alto que a grama lhe subia e via as estrelas triplicarem. Lembrava que segurava a mão de alguém. De alguém pequeno e magricela. Ela o beijava mas não sentia seu corpo. E nem o seu próprio.
Fechava os olhos. Pensava em outros amores. Nos que não duravam, não reclamavam. E principalmente nos que amavam tanto quanto. Não tinha chegado tão longe com nenhuma. Era meio incomodado com isso de mãos dadas. Com isso de mensagens e até mesmo de ter que lembrar. Odiava lembrar. Odiava ter que fazer alguma coisa. Era meio esquecido mesmo. Ou meio avoado, se preferir. Tinha aquela famosa sensação de não pertencer ali. Nunca e nunca. Nunca estava tão bem assim. Acho que foi por isso que quando fui procura-lo, ele sumiu. E nunca mais se ouviu falar.
Hoje eu estou mais pra Nancy do que pra Summer.
Eu quero mesmo é que vocês se comam e morram. Cansei dessa porra toda. ''Adios''.

2

O combinado desandou um pouco. E falando em diminutivos, aqui vai mais um: Meu coraçãozinho me traiu. Não tão pouquinho assim. Você sabe que dentre tantas outras promessas e petições o amar menos é o menos irracional. Não irracional. Improvável no sentido da incapacidade. Também é uma questão do ambiente nada hostil em que sem querer se infiltrou, por sorte. Sorte, que em seu mundo acabou a algum tempo. Por falta de muita coisa, como diriam os caras da auto-ajuda. Coisas a menos ou a mais, não é mais triste que a dúvida. Ou mesmo a falta de saber. E você sabe que qualquer falta de saber é ignorância e ignorância a gente vê por aí todos os dias. Ninguém gosta de ignorantes. Mas acredito que estão em nós, assim mesmo. Em nós. Nem que seja num pouquinho. Aqui estou eu com mais diminutivos. Perdoem a minha mania de achar qualquer coisa pequena. Bom seria se essas coisas virassem mesmo alguma coisa. Significativas. ''Eu preciso de férias da minha falta de problemas''.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Querida, eu sei que você acha que eu não estou tentando. Seus olhos me dizem muito mais do que tenho coragem de admitir. Chego tarde. Não te abraço. Sem mais contatos. Se perdeu, me disse. E nem se deu o trabalho de voltar. Concordo com tudo isso. As músicas daquele rádio de pilha são as mesmas mas não soam tão familiares assim. Vejo aqueles tons de griz que pintavam nossa parede, o tempo todo. Gostaria que quando você tomasse a decisão de ir, não me avisasse, nem nada. E se não fosse pedir demais, depois de algum tempo, quando não doesse muito, queria que você me escrevesse. Quem sabe um cartão postal. Imagine só minha felicidade em recebê-lo e ver que sua letra miuda não mudou e nem seu habito de chorar ao escrever pros que estão longe. E chuva. Não esqueça de me contar da chuva.
Gostaria de dizer que compreenderia, que não guardaria mágoas. Mas me conheço mais do que você. As feridas estão aqui, vamos, cure-as.
Estou tão triste que meu egoísmo só cresce. Maltrato tudo e todos.
Ando sentindo-me fora de mim. Então torça, para que me encontre pássaro e voe pra nunca mais voltar.