quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sobre rascunhos.

Olhe, vou me jogar da janela. Vou me jogar da janela e alcançar o menos feio terraço e roubar
(12/10)

O piano me soa melhor. Ela canta que o céu está tão claro e limpo e cheio de vontade de ser visto. Eu vejo, sabe? Prefiro não caminhar até você pra te acordar dessa nova realidade. Eu juro que prefiro. Mesmo que proteste. Mas é que... eu não sei. Eu me sinto mal. Eu me sinto como uma peça de quebra-cabeça avulsa.
(03/10)

Espero que não venham de novo com um ''A culpa foi sua se''
(16/09)

Sempre há música. Até quando não deveria. E sempre há luz, mesmo que seja chato esperar por ela. E quando se espera
Agora deitada na grama, olhando o céu. Por motivos especiais.
(13/09)

Para um dia de
(12/09)

Foi difícil. Era algo que não gostava de admitir. Tanto pra si, quanto pra ela. Que desde a primeira vez, chegou e sorriu. Não tão diferente de antes. Lábios de um branco colorido de rosa. O rosto seco de lágrimas raras. Os olhos pequenos por trás de um óculos que faziam parte. Da cena. Que um autor descreveria pois não havia complexidade no estar confuso. A complexidade estava na felicidade contida dos dois. Nas desculpas que inventavam. As mentiras a si mesmos. ''Nunca daria certo, você sabe''
(27/08)

Eu realmente queria te dizer várias coisas. Coisas que provavelmente não mudam nada. O clichê desculpas, quem sabe, pra começar. Por acreditar demais, por confiar demais, por não ser só sorrisos. E quando ser, não guardar pra mim. É que eu só faço besteira, eu sei. E prometo: essas são minhas ultimas reclamações ''ao mundo''. Quero dizer que continuo quase caindo em ônibus e gostando de rir alto em filmes. Prefiro pensar em movimento, mesmo que a inércia não seja do meu agrado. Não gosto de mudanças, como todos, mas com o tempo acabo gostando. Ainda não sei o que me atrai em cantores branquelos-magrelos-de-camisetas-floridas. Eu sei, o que eu
(03/07)

''Não. Dá. Meu. Amor.'' Eu sei que sua cerveja esquentou. Passaram-se alguns minutos desde que o vi desistindo no meio da sala. Desistir? Sim, eu disse desistir. Desistir está na moda, como outros diriam. Como eu mesma diria. Mas não lhe disse. Porque a verdade muitas vezes é incômoda. Imagine o quão tristes ficariam os mentirosos se verdade
(28/06)

Não sei o que anda se passando na minha vida. Ando entre lapsos de felicidade e risos roubados. Talvez porque os deixei serem roubados. Como dizem as más línguas: são cinco anos sem melhoras. Bem eu não contei os dias, nem as horas. Apenas deixei o tempo passar. Não controlei e nem esperei que algum dia viesse a ver a reação dos que veêm um pouco menos do que realmente pensam, sabe? É aquela velha história de você-me-cansou-espero-que-dê-errado. Eu nem sei se desculpas são realmente adequadas quando eu não forcei nada. Me lembre se algum dia forjei minha tristeza para pedir atenção. Então sou culpada porque as vezes dói mais do que deveria? Não seria muito mais patético fingir-para-agradar? Eu não acho que tenho essa culpa toda. Eu não acho que vá melhorar muita coisa. É só rancor, querida, nem vai e nem volta. Você vai e pensa que estando longe pode se sentir melhor olhando pra mim e torcendo pra tropeçar. Não seja ridícula. Nós duas sabemos
(26/06)

Lia. Relia. Chorava. E mais outra vez. Era sempre assim, enquanto estava lendo as palavras de outra pessoa, sua voz, sua mente. Ou até quando estava lendo-se mesmo, quando lembrava dos antigos momentos. Sempre antigos. Nunca novos. Gostava da letra dela, redonda, nunca na linha, sempre um pouco mais acima. Os ''de'' parecendo com ''ou''. As palavras ás vezes riscadas por ter mudado de idéia na ultima hora, ou por erros de ortografia.
(23/06)

''Eu estou com medo. Eu sei. O comúm medo. Essa mesma coisa de achar que as coisas não importam''
(23/06)

Lembro do tempo em que preferia não me deixar tocar. Tocar no sentido de
(21/06)

Na indecência, na tristeza, na adolescência. Prometo desrespeitar-te. Prometo odiar-te todos os dias da minha vida. Até que ela nós junte de novo.
(25/02)


Vê como eu sou cheia dessas linhas sem um fim que tenha sentido? Sem-sentido. Sem nada.

N
a
d
a

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